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Abstract
A existência de pessoas intersexo remonta à Antiguidade, entretanto, somente no final do século XX, iniciou-se a discussão sobre o direito de essas crianças existirem como nasceram. Nessa perspectiva, este artigo discute a pessoa intersexo, enquanto uma identidade biopolítica, a partir da abordagem médica, do biopoder e da educação para a autonomia. Somente nos últimos anos do século passado estabeleceram-se protocolos que apontam a necessidade de essas pessoas serem ouvidas quanto ao seu sexo/gênero e percebidas como seres autônomos e sujeitos de direito. O objetivo, aqui, é apresentar a trajetória geral da militância intersexo por sua existência natural e o papel da educação nesse contexto. O método de pesquisa adotado configura-se num estudo de caso com abordagem qualiquantitativa. Para isso foram utilizadas entrevistas com pessoas intersexo, pais, professores, psicólogos e médicos, além de pesquisa bibliográfica, análise de cartilhas/guias de orientação sobre intersexo e distúrbio do desenvolvimento sexual (DDS). Também foram realizados levantamentos de dados em congressos, conferências, eventos, assim como de documentos oficiais e reportagens. Finalizamos debatendo sobre a questão intersexo, que vem se constituindo como identidade biopolítica, e sua relação com a educação geral para a conquista da autonomia das pessoas intersexo.