{"title":"CRÍTICA DO ARGUMENTO DA PRIVACIDADE À LUZ DA QUESTÃO DO COMBATE À HOMOFOBIA NAS ESCOLAS","authors":"I. Júnior","doi":"10.18351/2179-7137/GED.V5N1P195-216","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, debatemos a questao do combate a homofobia nas escolas, levantada pela polemica em torno do Projeto Escola Sem Homofobia, sob o ponto de vista de teorias da justica e da democracia com enfoque nas contribuicoes feministas. Sugerimos que a dicotomia liberal entre esfera publica e esfera privada esconde a opressao sobre mulheres e criancas na esfera de privacidade da familia. Tal opressao precisa ser tematizada na esfera publica, ao passo que o argumento da privacidade das familias para a formacao de identidades e insustentavel. As escolas, espacos estrategicos de construcao de identidades, de reproducao e problematizacao de discursos opressores, devem ser encaradas como esferas publicas potencialmente emancipatorias, que fornecam as criancas condicoes para perseguir sua propria autoestima, escolher seus valores e engajar-se num processo autonomo de autodesenvolvimento identitario, protegidas das violencias que usualmente constrangem – com lastimaveis consequencias – os individuos a assumir compulsoriamente a identidade heteronormativa.","PeriodicalId":42602,"journal":{"name":"Revista Genero & Direito","volume":"5 1","pages":"195-216"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2016-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Genero & Direito","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18351/2179-7137/GED.V5N1P195-216","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo, debatemos a questao do combate a homofobia nas escolas, levantada pela polemica em torno do Projeto Escola Sem Homofobia, sob o ponto de vista de teorias da justica e da democracia com enfoque nas contribuicoes feministas. Sugerimos que a dicotomia liberal entre esfera publica e esfera privada esconde a opressao sobre mulheres e criancas na esfera de privacidade da familia. Tal opressao precisa ser tematizada na esfera publica, ao passo que o argumento da privacidade das familias para a formacao de identidades e insustentavel. As escolas, espacos estrategicos de construcao de identidades, de reproducao e problematizacao de discursos opressores, devem ser encaradas como esferas publicas potencialmente emancipatorias, que fornecam as criancas condicoes para perseguir sua propria autoestima, escolher seus valores e engajar-se num processo autonomo de autodesenvolvimento identitario, protegidas das violencias que usualmente constrangem – com lastimaveis consequencias – os individuos a assumir compulsoriamente a identidade heteronormativa.