Geiza Rafaela Bobato, M. Spekalski, Luciane Patrícia Andreani Cabral, C. Grden, C. B. Fadel, D. Bordin
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Abstract
Justificativa e Objetivo: a multimorbidade pode gerar incapacidades, quando associada ao trabalho, afetando a redução de participação na força de trabalho, rotatividade de empregos e aposentadoria precoce. Dessa forma, objetivou-se estimar a prevalência e identificar fatores associados à multimorbidade em trabalhadores de uma instituição de ensino superior. Método: estudo transversal, quantitativo, realizado com trabalhadores de uma instituição de ensino superior (n=629) na cidade de Ponta Grossa, PR, Brasil. Para coleta de dados, utilizaram-se questionários com instrumentos do Ministério da Saúde. A variável dependente se referiu à presença de multimorbidade, e independentes, às características sociodemográficas, de trabalho, utilização de serviços de saúde, percepção de saúde, presença de sintomas, estilo de vida e hábitos alimentares. Realizou-se Teste do Qui-Quadrado e regressão logística. Resultados: a prevalência de multimorbidade foi de 53%, estando associada à idade (OR=2,99), excesso de peso (OR=1,77), dor (OR=4,54), autoavaliação de saúde geral (OR=2,08) e saúde bucal (OR=2,30) (p<0,05). Indivíduos com multimorbidade buscam mais o acompanhamento por uma Unidade Básica de Saúde (OR=0,54) e realizam consultas médicas de rotina de forma mais frequente (OR=0,83) (p<0,05). Conclusão: observou-se alta prevalência de multimorbidade nos trabalhadores avaliados, com associação estatística aos fatores biológicos, de estilo de vida, percepção de saúde e acesso a serviços de saúde. Dessa forma, é possível traçar estratégias visando reestabelecimento de saúde dos trabalhadores, melhorando sua qualidade de vida.