{"title":"Estereótipo de “bandido” do ônibus 174 ainda no imaginário: memória da recepção e metodologia de pesquisa na recuperação do fato jornalístico","authors":"C. D. Agnol, M. Sólio","doi":"10.18226/21782687.V17.DOSSIE.9","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo e recuperar a importância da consistencia no metodo de pesquisa cientifica trazendo novas possibilidades de estudo para academicos de Comunicacao Social. E possivel estudar casos jornalisticos que marcaram memorias afetivas e que se prolongam apos anos. O estudo (2012) inicial – resultado de monografia de conclusao do curso de Comunicacao Social – Habilitacao em Jornalismo – se debrucou sobre o caso do Onibus 174 – ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, em 2000. No estudo, analisamos como o jornal O Globo construiu, com seu discurso, um estereotipo de bandido do personagem central do caso. Buscamos tres hipoteses para responder a questao: a primeira assegura a criacao de um estereotipo pelo jornal, que buscou induzir os leitores a classificar o personagem central como bandido ; a segunda postula que os leitores confiaram que o estereotipo criado atendia a realidade, e a ultima afirma que o documentario Onibus 174 (2002) desconstroi esse estereotipo. A partir do metodo-guia fenomenologico-hermeneutico, o trabalho apoiou-se em tecnicas metodologicas de Estudo de Caso, Analise do Discurso, Entrevistas em Profundidade e Focus Group . Foi possivel analisar as materias publicadas em O Globo da epoca sobre o fato. Recuperar o fato jornalistico mostrou que o jornal criou um bandido perigoso , e que sua imagem ganhou forca na midia pelo ato criminoso e nao pela historia de vida e que essa se manteve na memoria afetiva do grupo pesquisado.","PeriodicalId":40407,"journal":{"name":"Conexao-Comunicacao e Cultura","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Conexao-Comunicacao e Cultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18226/21782687.V17.DOSSIE.9","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo deste artigo e recuperar a importância da consistencia no metodo de pesquisa cientifica trazendo novas possibilidades de estudo para academicos de Comunicacao Social. E possivel estudar casos jornalisticos que marcaram memorias afetivas e que se prolongam apos anos. O estudo (2012) inicial – resultado de monografia de conclusao do curso de Comunicacao Social – Habilitacao em Jornalismo – se debrucou sobre o caso do Onibus 174 – ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, em 2000. No estudo, analisamos como o jornal O Globo construiu, com seu discurso, um estereotipo de bandido do personagem central do caso. Buscamos tres hipoteses para responder a questao: a primeira assegura a criacao de um estereotipo pelo jornal, que buscou induzir os leitores a classificar o personagem central como bandido ; a segunda postula que os leitores confiaram que o estereotipo criado atendia a realidade, e a ultima afirma que o documentario Onibus 174 (2002) desconstroi esse estereotipo. A partir do metodo-guia fenomenologico-hermeneutico, o trabalho apoiou-se em tecnicas metodologicas de Estudo de Caso, Analise do Discurso, Entrevistas em Profundidade e Focus Group . Foi possivel analisar as materias publicadas em O Globo da epoca sobre o fato. Recuperar o fato jornalistico mostrou que o jornal criou um bandido perigoso , e que sua imagem ganhou forca na midia pelo ato criminoso e nao pela historia de vida e que essa se manteve na memoria afetiva do grupo pesquisado.