{"title":"A vez dos leitores: o retornar do desastre","authors":"Pedro Augusto Papini, T. M. G. Fonseca","doi":"10.1590/0103-6564e190099","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Neste artigo levantamos as problemáticas sobre uma função ética da criação e da imaginação diante dos restos do desastre. Objetivamos percorrer articulações teóricas que enredam as reflexões sobre os conceitos de testemunho e de lugar de fala, colocando-os em perspectiva no que concerne a remontar ou recontar o tempo sofrido. Para isso, localizamos vincos aporéticos nesses conceitos, os quais insistem na exploração do lugar da leitura e do leitor diante de um tempo paradoxal que se coloca também como produção e invenção do tempo presente. Exploramos o caminho das articulações entre tempo, imaginação, imagem, catástrofe e responsabilidade, tendo como resultado a ampliação de um ponto de vista ético pelo ato de criação, que coloca a leitura como produtora de memória.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Psicologia Usp","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e190099","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Psychology","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Neste artigo levantamos as problemáticas sobre uma função ética da criação e da imaginação diante dos restos do desastre. Objetivamos percorrer articulações teóricas que enredam as reflexões sobre os conceitos de testemunho e de lugar de fala, colocando-os em perspectiva no que concerne a remontar ou recontar o tempo sofrido. Para isso, localizamos vincos aporéticos nesses conceitos, os quais insistem na exploração do lugar da leitura e do leitor diante de um tempo paradoxal que se coloca também como produção e invenção do tempo presente. Exploramos o caminho das articulações entre tempo, imaginação, imagem, catástrofe e responsabilidade, tendo como resultado a ampliação de um ponto de vista ético pelo ato de criação, que coloca a leitura como produtora de memória.