José Alves Dantas, Matheus de Assis Micheletto, Fernando Augusto Cardoso, Antônio Augusto Pinho França de Sá Freire
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Abstract
O estudo teve por objetivo avaliar se ha diferenca entre os niveis de perdas divulgados pelos bancos brasileiros nos dois modelos contabeis – BRGAAP e IFRS – bem como avaliar em qual deles as estimativas de perdas refletem mais precisamente as efetivas baixas para prejuizo nas operacoes de credito e estimar os potenciais impactos da adocao da IFRS 9, comparativamente as demonstracoes elaboradas em BRGAAP. Os resultados dos testes realizados com base nas demonstracoes em BRGAAP e em IFRS de 41 bancos brasileiros, entre 2009 e 2015, confirmaram as hipoteses de pesquisa, no sentido de que: os niveis de perdas nas demonstracoes em BRGAAP sao comparativamente maiores que os registrados nas demonstracoes em IFRS; as perdas reconhecidas nas demonstracoes em IFRS se ajustam mais precisamente as efetivas perdas nas operacoes de credito, se comparadas aos registros nas demonstracoes em BRGAAP; e o impacto da adocao da IFRS 9 deve fazer com que as demonstracoes em IFRS passem a registrar maiores niveis de perdas do que as demonstracoes em BRGAAP. Sao confirmados, assim, os preceitos teoricos de que os modelos de perdas esperadas devem evidenciar maiores niveis de provisao do que os modelos de perdas incorridas e que esses ultimos devem se ajustar mais precisamente as efetivas perdas com operacoes de credito. As evidencias do estudo podem ser uteis ao processo de regulacao, particularmente quanto aos potenciais efeitos da IFRS 9, que deve resultar em uma mudanca comparativa dos niveis de provisionamento entre as demonstracoes elaboradas com base nos modelos contabeis nacional e internacional.