Carla Renata Silva Andrechuk, J. Caliari, Mariana Alvina dos Santos, Flávia Helena Pereira, Henrique Ceretta Oliveira, M. F. Ceolim
{"title":"O impacto da pandemia de COVID-19 nas alterações do sono de profissionais de enfermagem","authors":"Carla Renata Silva Andrechuk, J. Caliari, Mariana Alvina dos Santos, Flávia Helena Pereira, Henrique Ceretta Oliveira, M. F. Ceolim","doi":"10.1590/1518-8345.6043.3796","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Objetivo: analisar os fatores relacionados às alterações no sono relatadas pelos profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19. Método: trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado com profissionais de enfermagem de todas as regiões do Brasil. Foram coletados dados de caracterização sociodemográfica, condições de trabalho e questões sobre alterações de sono. Para estimar o Risco Relativo foi utilizado o modelo de regressão de Poisson com medidas repetidas. Resultados: foram analisadas 572 respostas, as quais revelaram que a duração não ideal do sono, a má qualidade do sono e os sonhos com o ambiente de trabalho foram predominantes durante a pandemia, com 75,2%, 67,1% e 66,8% respectivamente, assim como as queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador durante a pandemia foram relatadas por 523 (91,4%), 440 (76,9%) e 419 (73,2%) dos profissionais de enfermagem, respectivamente. O risco relativo de apresentar tais alterações de sono, durante a pandemia foi significativo para todas as variáveis e as categorias estudadas. Conclusão: duração não ideal do sono, má qualidade do sono, sonhos com o ambiente de trabalho, queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador foram as alterações do sono predominantes entre os profissionais de enfermagem durante a pandemia. Estes achados apontam para possíveis consequências na saúde, bem como na qualidade do trabalho realizado.","PeriodicalId":21381,"journal":{"name":"Revista Latino-americana De Enfermagem","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":1.8000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Latino-americana De Enfermagem","FirstCategoryId":"3","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1518-8345.6043.3796","RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Nursing","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Resumo Objetivo: analisar os fatores relacionados às alterações no sono relatadas pelos profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19. Método: trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado com profissionais de enfermagem de todas as regiões do Brasil. Foram coletados dados de caracterização sociodemográfica, condições de trabalho e questões sobre alterações de sono. Para estimar o Risco Relativo foi utilizado o modelo de regressão de Poisson com medidas repetidas. Resultados: foram analisadas 572 respostas, as quais revelaram que a duração não ideal do sono, a má qualidade do sono e os sonhos com o ambiente de trabalho foram predominantes durante a pandemia, com 75,2%, 67,1% e 66,8% respectivamente, assim como as queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador durante a pandemia foram relatadas por 523 (91,4%), 440 (76,9%) e 419 (73,2%) dos profissionais de enfermagem, respectivamente. O risco relativo de apresentar tais alterações de sono, durante a pandemia foi significativo para todas as variáveis e as categorias estudadas. Conclusão: duração não ideal do sono, má qualidade do sono, sonhos com o ambiente de trabalho, queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador foram as alterações do sono predominantes entre os profissionais de enfermagem durante a pandemia. Estes achados apontam para possíveis consequências na saúde, bem como na qualidade do trabalho realizado.
期刊介绍:
A Revista Latino-Americana de Enfermagem constitui-se no órgão oficial de divulgação científica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e do Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem. Foi criada em abril de 1992 sendo sua primeira edição publicada em janeiro de 1993. No período de 1993 a 1997 tinha periodicidade semestral, de 1997 a 2000 trimestral e, a partir de janeiro de 2001, tem periodicidade bimestral.
Caracteriza-se como periódico de circulação internacional, abrangendo predominantemente os países da América Latina e Caribe, embora seja também divulgado para assinantes dos Estados Unidos, Portugal e Espanha.