{"title":"Práticas Pedagógicas Inclusivas Bilíngues de Letramento para Estudantes Surdos","authors":"M. Castro, C. A. Kelman","doi":"10.1590/1980-54702022v28e0119","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO: A preocupação sobre o ensino da Língua Portuguesa para surdos permeou a história com diferentes interfaces e concepções. Como uma forma de apresentar proposições sobre o tema, este artigo é um recorte do relato de pesquisa descrito na tese intitulada Análise sobre ensino de Língua Portuguesa para surdos: um estudo em dois Municípios Fluminenses (Castro, 2021), que teve como objetivo geral descrever e analisar as práticas pedagógicas bilíngues utilizadas para ensinar Língua Portuguesa para surdos, em turmas bilíngues inclusivas, no 6º ano do Ensino Fundamental II, em escolas-polo bilíngues do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. Os objetivos específicos foram: demonstrar práticas pedagógicas bilíngues de ensino de Língua Portuguesa para surdos realizadas em turmas bilíngues inclusivas de alunos surdos de escolas-polo dos municípios pesquisados; e destacar elementos que favorecem ou não a aprendizagem de Língua Portuguesa. A realização dessa investigação baseou-se em uma metodologia de abordagem qualitativa (Bauer & Gaskell, 2003), na matriz histórico-cultural com viés multicultural, do tipo estudo de caso (Gil, 2008). A análise dos dados foi realizada na perspectiva microgenética. Como resultado, observou-se que a forma como todos os envolvidos no processo de ensino aos alunos surdos e ouvintes medeiam o conhecimento da Língua Portuguesa, utilizando artefatos da metacognição ou da comunicação inter/multimodal por meio da Língua Brasileira de Sinais - Libras (Kelman, 2015), fazendo positivamente a diferença no ensino e na aprendizagem de todos os alunos. Enfim, considera-se que a qualidade da mediação semiótica utilizada por todos no processo ensino-aprendizagem dos surdos traz resultados positivos sobre a aprendizagem em Língua Portuguesa e sobre seu próprio desenvolvimento.","PeriodicalId":40048,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Educacao Especial","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Educacao Especial","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1980-54702022v28e0119","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO: A preocupação sobre o ensino da Língua Portuguesa para surdos permeou a história com diferentes interfaces e concepções. Como uma forma de apresentar proposições sobre o tema, este artigo é um recorte do relato de pesquisa descrito na tese intitulada Análise sobre ensino de Língua Portuguesa para surdos: um estudo em dois Municípios Fluminenses (Castro, 2021), que teve como objetivo geral descrever e analisar as práticas pedagógicas bilíngues utilizadas para ensinar Língua Portuguesa para surdos, em turmas bilíngues inclusivas, no 6º ano do Ensino Fundamental II, em escolas-polo bilíngues do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. Os objetivos específicos foram: demonstrar práticas pedagógicas bilíngues de ensino de Língua Portuguesa para surdos realizadas em turmas bilíngues inclusivas de alunos surdos de escolas-polo dos municípios pesquisados; e destacar elementos que favorecem ou não a aprendizagem de Língua Portuguesa. A realização dessa investigação baseou-se em uma metodologia de abordagem qualitativa (Bauer & Gaskell, 2003), na matriz histórico-cultural com viés multicultural, do tipo estudo de caso (Gil, 2008). A análise dos dados foi realizada na perspectiva microgenética. Como resultado, observou-se que a forma como todos os envolvidos no processo de ensino aos alunos surdos e ouvintes medeiam o conhecimento da Língua Portuguesa, utilizando artefatos da metacognição ou da comunicação inter/multimodal por meio da Língua Brasileira de Sinais - Libras (Kelman, 2015), fazendo positivamente a diferença no ensino e na aprendizagem de todos os alunos. Enfim, considera-se que a qualidade da mediação semiótica utilizada por todos no processo ensino-aprendizagem dos surdos traz resultados positivos sobre a aprendizagem em Língua Portuguesa e sobre seu próprio desenvolvimento.
期刊介绍:
A Revista Brasileira de Educação Especial é mantida pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE, que foi criada em 1993, na cidade do Rio de Janeiro, durante a realização do III Seminário de Educação. A Sede da ABPEE é móvel, acompanha a Diretoria eleita e terá como domicílio temporário o mesmo endereço profissional do Presidente, durante sua gestão. Atualmente, a sede da ABPEE está localizada na cidade de Marília, onde a Revista Brasileira de Educação Especial é impressa, em parceria com a Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp.