{"title":"Empatia Afetiva e Cognitiva no Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma Revisão Integrativa da Literatura","authors":"Sarah Aline Roza, S. Guimarães","doi":"10.1590/1980-54702021v27e0028","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO A literatura vem apontando um crescente interesse pelos estudos sobre como a empatia, em seus componentes cognitivo e afetivo, desenvolve-se em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim, esta revisão integrativa da literatura teve o objetivo de investigar a empatia, em seus componentes cognitivo e afetivo, em indivíduos com TEA e fatores associados. Para isso, efetuou-se uma busca por artigos científicos nas bases de dados PubMed, ERIC e PsycINFO. Adotaram-se as palavras-chave e marcadores booleanos Autism [or] ASD (Autism Spectrum Disorder) [and] Empathy. Como resultado, foram recuperadas 180 publicações, das quais 26 foram analisadas. Os critérios de inclusão foram estudos empíricos – correlacionais e de intervenção – que abordassem as relações entre empatia e TEA, indexados nas bases de dados aqui mencionadas entre os anos de 2005 e 2020. As categorias resultantes da análise foram: empatia afetiva e cognitiva, diferenças associadas ao gênero na empatia e diferenças associadas à idade e ao Quociente de inteligência(QI) em pessoas com TEA. Verificou-se que a empatia cognitiva, que envolve a inferência de emoção do estado mental de outra pessoa, pode ser reduzida em pessoas com TEA, enquanto a empatia afetiva, que se refere à capacidade de compartilhar a emoção dos outros, não apresenta déficit. Além disso, alguns estudos apontaram para a importância do ensino de responsividade empática em crianças com TEA. Contudo, não foram encontrados artigos em bases brasileiras sobre o tema, assinalando uma importante lacuna de pesquisas sobre a empatia em pessoas com autismo no cenário nacional.","PeriodicalId":40048,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Educacao Especial","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Educacao Especial","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1980-54702021v27e0028","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO A literatura vem apontando um crescente interesse pelos estudos sobre como a empatia, em seus componentes cognitivo e afetivo, desenvolve-se em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim, esta revisão integrativa da literatura teve o objetivo de investigar a empatia, em seus componentes cognitivo e afetivo, em indivíduos com TEA e fatores associados. Para isso, efetuou-se uma busca por artigos científicos nas bases de dados PubMed, ERIC e PsycINFO. Adotaram-se as palavras-chave e marcadores booleanos Autism [or] ASD (Autism Spectrum Disorder) [and] Empathy. Como resultado, foram recuperadas 180 publicações, das quais 26 foram analisadas. Os critérios de inclusão foram estudos empíricos – correlacionais e de intervenção – que abordassem as relações entre empatia e TEA, indexados nas bases de dados aqui mencionadas entre os anos de 2005 e 2020. As categorias resultantes da análise foram: empatia afetiva e cognitiva, diferenças associadas ao gênero na empatia e diferenças associadas à idade e ao Quociente de inteligência(QI) em pessoas com TEA. Verificou-se que a empatia cognitiva, que envolve a inferência de emoção do estado mental de outra pessoa, pode ser reduzida em pessoas com TEA, enquanto a empatia afetiva, que se refere à capacidade de compartilhar a emoção dos outros, não apresenta déficit. Além disso, alguns estudos apontaram para a importância do ensino de responsividade empática em crianças com TEA. Contudo, não foram encontrados artigos em bases brasileiras sobre o tema, assinalando uma importante lacuna de pesquisas sobre a empatia em pessoas com autismo no cenário nacional.
期刊介绍:
A Revista Brasileira de Educação Especial é mantida pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE, que foi criada em 1993, na cidade do Rio de Janeiro, durante a realização do III Seminário de Educação. A Sede da ABPEE é móvel, acompanha a Diretoria eleita e terá como domicílio temporário o mesmo endereço profissional do Presidente, durante sua gestão. Atualmente, a sede da ABPEE está localizada na cidade de Marília, onde a Revista Brasileira de Educação Especial é impressa, em parceria com a Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp.