{"title":"Entrecampos: Trajetórias na Antropologia e na Arqueologia","authors":"L. M. Ferreira","doi":"10.15210/LEPAARQ.V13I26.8198","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Como todo texto, esse traz as marcas discerniveis de seu contexto primario de producao. Escrevi-o para o seminario Entrecampos: trajetorias na antropologia e na arqueologia . Esse evento abriu as portas do Bacharelado em antropologia da UFPel, curso que inauguramos no segundo semestre de 2008. O Entrecampos ocorreu ao longo dos meses de agosto e setembro de 2008, no auditorio da Faculdade de Odontologia da UFPel. Foi organizado pelo nucleo de professores inicial de nosso curso, composto basicamente, naquela quadra, por mim, Flavia Rieth, Claudia Turra Magni, Renata Menasche, Rogerio Rosa e Fabio Vergara Cerqueira. Deviamos apresentar, aos nossos primeiros alunos e alunas, uma sintese de nossa trajetoria academica e das pesquisas que ja desenvolviamos ou desenvolveriamos na UFPel. Colegas de outras universidades tambem foram convidados para descreverem suas formacoes e pesquisas. Ao nomea-lo como Entrecampos, quisemos insuflar o espirito que anima nosso curso. Entrecampos como metafora da interligacao entre antropologia e arqueologia (ou vice e versa); como mote do modelo de institucionalizacao que adotamos, lastrada na tradicao do continente americano, onde, historicamente, em varias universidades, antropologia e arqueologia partilham um mesmo departamento. Depois do Entrecampos, muitos outros eventos ocorreram entre nos. Foi o primeiro passo de uma caminhada que completara, em agosto de 2016, oito anos. Percurso ainda curto, mas pleno de realizacoes. Nao quero sugerir que no Departamento de antropologia e arqueologia da UFPel vivemos entre nuvens placidas e anjos multiculturais tocando harpas. Mas, nao obstante as diferencas entre nos, criamos um mestrado, em funcionamento desde 2012, e um doutorado, principiado em marco de 2016. Nesses oito anos, contribuimos para a formacao de muitas pessoas. Algumas delas ja inseridas no mercado, e outras atuando como estudantes no nosso e em outros programas de pos-graduacao em antropologia e arqueologia. De outro lado, em nossa graduacao e pos-graduacao temos recebido estudantes de varias partes do Brasil e, recentemente, tambem de outros paises sul-americanos. Talvez nao seja exagero dizer que o Entrecampos representa, portanto, um dos primeiros gestos da cadeia operatoria de institucionalizacao de nossa graduacao e pos-graduacao. Acresco mais algumas palavras para melhor situar leitores e leitoras sobre o contexto desse texto, seu estilo, conteudo e o motivo de publica-lo. Apresentei-o na noite de em 22 de agosto de 2008. Devo um agradecimento a todos os colegas e estudantes pelas discussoes ensejadas. Eu chegara a Pelotas uma semana antes do Entrecampos, recem empossado na UFPel apos aprovacao em concurso publico para professor adjunto. Estava ainda tateando o terreno, palmilhando-o em suas potencialidades a fim de organizar um novo projeto de pesquisa. Vendo-as retrospectivamente, as discussoes e questoes suscitadas me ajudaram a delinear melhor os problemas que norteiam minha pesquisa atual em arqueologia da diaspora africana. Leitores e leitoras verao, no texto dessa palestra, apontamentos passados sobre meu projeto presente. Alterei, apenas, a pontuacao e a divisao dos paragrafos, tornando periodos e oracoes mais conformes a um texto editado. Nada mudei da linha argumentativa e mantive o ritmo e a respiracao de uma palestra, isto e, a de um texto escrito para ser falado em publico. A decisao de mante-lo com o sabor original partiu de mim e do editor dos Cadernos do LEPAARQ , o colega arqueologo Rafael Milheira. Nossa ideia foi torna-lo fragmento fidedigno de um instante; um dos vestigios que compora, com o passar dos anos, o arquivo de nosso curso. Dai sua publicacao na secao Relatorios e Noticias Institucionais . Quica alguns dirao que o texto de uma palestra nao se coaduna com essa secao dos Cadernos . Porem, a iniciativa se presta a documentacao da memoria institucional de nosso curso; certamente, outros colegas de nosso departamento publicarao, aqui ou alhures, outros textos que documentarao a trajetoria de nosso Entrecampos!","PeriodicalId":30894,"journal":{"name":"Cadernos do LEPAARQ","volume":"13 1","pages":"289-302"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2016-10-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do LEPAARQ","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/LEPAARQ.V13I26.8198","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Como todo texto, esse traz as marcas discerniveis de seu contexto primario de producao. Escrevi-o para o seminario Entrecampos: trajetorias na antropologia e na arqueologia . Esse evento abriu as portas do Bacharelado em antropologia da UFPel, curso que inauguramos no segundo semestre de 2008. O Entrecampos ocorreu ao longo dos meses de agosto e setembro de 2008, no auditorio da Faculdade de Odontologia da UFPel. Foi organizado pelo nucleo de professores inicial de nosso curso, composto basicamente, naquela quadra, por mim, Flavia Rieth, Claudia Turra Magni, Renata Menasche, Rogerio Rosa e Fabio Vergara Cerqueira. Deviamos apresentar, aos nossos primeiros alunos e alunas, uma sintese de nossa trajetoria academica e das pesquisas que ja desenvolviamos ou desenvolveriamos na UFPel. Colegas de outras universidades tambem foram convidados para descreverem suas formacoes e pesquisas. Ao nomea-lo como Entrecampos, quisemos insuflar o espirito que anima nosso curso. Entrecampos como metafora da interligacao entre antropologia e arqueologia (ou vice e versa); como mote do modelo de institucionalizacao que adotamos, lastrada na tradicao do continente americano, onde, historicamente, em varias universidades, antropologia e arqueologia partilham um mesmo departamento. Depois do Entrecampos, muitos outros eventos ocorreram entre nos. Foi o primeiro passo de uma caminhada que completara, em agosto de 2016, oito anos. Percurso ainda curto, mas pleno de realizacoes. Nao quero sugerir que no Departamento de antropologia e arqueologia da UFPel vivemos entre nuvens placidas e anjos multiculturais tocando harpas. Mas, nao obstante as diferencas entre nos, criamos um mestrado, em funcionamento desde 2012, e um doutorado, principiado em marco de 2016. Nesses oito anos, contribuimos para a formacao de muitas pessoas. Algumas delas ja inseridas no mercado, e outras atuando como estudantes no nosso e em outros programas de pos-graduacao em antropologia e arqueologia. De outro lado, em nossa graduacao e pos-graduacao temos recebido estudantes de varias partes do Brasil e, recentemente, tambem de outros paises sul-americanos. Talvez nao seja exagero dizer que o Entrecampos representa, portanto, um dos primeiros gestos da cadeia operatoria de institucionalizacao de nossa graduacao e pos-graduacao. Acresco mais algumas palavras para melhor situar leitores e leitoras sobre o contexto desse texto, seu estilo, conteudo e o motivo de publica-lo. Apresentei-o na noite de em 22 de agosto de 2008. Devo um agradecimento a todos os colegas e estudantes pelas discussoes ensejadas. Eu chegara a Pelotas uma semana antes do Entrecampos, recem empossado na UFPel apos aprovacao em concurso publico para professor adjunto. Estava ainda tateando o terreno, palmilhando-o em suas potencialidades a fim de organizar um novo projeto de pesquisa. Vendo-as retrospectivamente, as discussoes e questoes suscitadas me ajudaram a delinear melhor os problemas que norteiam minha pesquisa atual em arqueologia da diaspora africana. Leitores e leitoras verao, no texto dessa palestra, apontamentos passados sobre meu projeto presente. Alterei, apenas, a pontuacao e a divisao dos paragrafos, tornando periodos e oracoes mais conformes a um texto editado. Nada mudei da linha argumentativa e mantive o ritmo e a respiracao de uma palestra, isto e, a de um texto escrito para ser falado em publico. A decisao de mante-lo com o sabor original partiu de mim e do editor dos Cadernos do LEPAARQ , o colega arqueologo Rafael Milheira. Nossa ideia foi torna-lo fragmento fidedigno de um instante; um dos vestigios que compora, com o passar dos anos, o arquivo de nosso curso. Dai sua publicacao na secao Relatorios e Noticias Institucionais . Quica alguns dirao que o texto de uma palestra nao se coaduna com essa secao dos Cadernos . Porem, a iniciativa se presta a documentacao da memoria institucional de nosso curso; certamente, outros colegas de nosso departamento publicarao, aqui ou alhures, outros textos que documentarao a trajetoria de nosso Entrecampos!