{"title":"Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin","authors":"María Sabina Uribarren","doi":"10.1590/1982-02672022v30e20","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Germain Bazin, historiador da arte e curador-chefe de pinturas do Museu do Louvre (1950-1965), foi autor de duas obras referenciais sobre o barroco colonial brasileiro, publicadas pela primeira vez entre 1956 e 1963. Para a consecução dos seus livros sobre o Brasil - um sobre arquitetura colonial, outro sobre o Aleijadinho escultor -, Bazin contou com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados. Neste artigo, aprofundamos as parcerias estabelecidas entre eles, às vezes inusitadas, mas sempre eficazes no intuito de atingir a publicação dos escritos sobre o barroco brasileiro e outros objetivos articulados aos campos artístico e museológico. A publicação dos livros permitiu introduzir a produção colonial brasileira e, especificamente, a do Aleijadinho, no universo das chefs-d’œuvre mundiais. A produção intelectual de Bazin também contribuiu para chancelar a construção identitária promovida pelo Iphan em nível nacional. A divulgação dos textos, realizada com maestria pelos Diários Associados aproximou a narrativa defendida pelo instituto às discussões cotidianas do Brasil. Por último, interpretamos a consecução dos livros de Bazin como um espaço de reinvindicação do autor, já que este era questionado, à época do lançamento sobre o Aleijadinho, em relação à transparência da sua ação profissional na França.","PeriodicalId":29988,"journal":{"name":"Anais do Museu Paulista Historia e Cultura Material","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Museu Paulista Historia e Cultura Material","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1982-02672022v30e20","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO Germain Bazin, historiador da arte e curador-chefe de pinturas do Museu do Louvre (1950-1965), foi autor de duas obras referenciais sobre o barroco colonial brasileiro, publicadas pela primeira vez entre 1956 e 1963. Para a consecução dos seus livros sobre o Brasil - um sobre arquitetura colonial, outro sobre o Aleijadinho escultor -, Bazin contou com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados. Neste artigo, aprofundamos as parcerias estabelecidas entre eles, às vezes inusitadas, mas sempre eficazes no intuito de atingir a publicação dos escritos sobre o barroco brasileiro e outros objetivos articulados aos campos artístico e museológico. A publicação dos livros permitiu introduzir a produção colonial brasileira e, especificamente, a do Aleijadinho, no universo das chefs-d’œuvre mundiais. A produção intelectual de Bazin também contribuiu para chancelar a construção identitária promovida pelo Iphan em nível nacional. A divulgação dos textos, realizada com maestria pelos Diários Associados aproximou a narrativa defendida pelo instituto às discussões cotidianas do Brasil. Por último, interpretamos a consecução dos livros de Bazin como um espaço de reinvindicação do autor, já que este era questionado, à época do lançamento sobre o Aleijadinho, em relação à transparência da sua ação profissional na França.