Amanda Araújo de Carvalho, Tatiana Frederico de Almeida, M. Cangussu
{"title":"Prevalência de mordida aberta e fatores associados em pré-escolares de Salvador-BA em 2019","authors":"Amanda Araújo de Carvalho, Tatiana Frederico de Almeida, M. Cangussu","doi":"10.1590/1807-2577.06820","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Introdução A mordida aberta anterior é um dos tipos de má-oclusão mais frequentes em pré-escolares, sendo considerada um dos problemas oclusais mais difíceis de tratar, principalmente por sua etiologia multifatorial e sua íntima relação com hábitos bucais deletérios. Objetivo Identificar a prevalência de mordida aberta anterior nos pré-escolares de Salvador-BA, bem como fatores potencialmente associados à mesma. Material e método Trata-se de um estudo de corte transversal em 1.577 crianças em idade pré-escolar (36 a 71 meses), que frequentavam creches públicas municipais de Salvador-BA. Resultado A média de idade das crianças foi aproximadamente 54 meses. A maioria pertencia ao sexo masculino (50,29%). A população de estudo foi predominantemente composta por negros e pardos (92,02%). A prevalência de má-oclusão foi de 40,46% e, destes, 14,02% possuíam mordida aberta. Com relação à escolaridade, a maior parte das mães (55,86%) e dos pais (50,08%) foi igual ou superior ao Ensino Fundamental II Completo. A sucção digital foi comum em 6,73% das crianças e 10,39% faziam sucção de chupeta. Foram identificados, como fatores de proteção à mordida aberta, a escolaridade do pai maior ou igual ao Ensino Fundamental II completo (RP= 0,62 IC= 0,41-0,95) e a onicofagia (RP= 0,34 IC= 0,21-0,56). Como fatores de risco, identificaram-se o uso de chupeta (RP= 17,98 IC= 10,91-29,62) e a sucção digital (RP= 11,04 IC= 6,0-20,32). Conclusão Medidas educativas direcionadas aos pais e responsáveis se fazem essenciais para a prevenção do desenvolvimento de hábitos deletérios nos pré-escolares. Outros estudos são necessários a fim de aprofundar o entendimento sobre os fatores de proteção identificados neste estudo.","PeriodicalId":21363,"journal":{"name":"Revista de Odontologia da UNESP","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Odontologia da UNESP","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1807-2577.06820","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Introdução A mordida aberta anterior é um dos tipos de má-oclusão mais frequentes em pré-escolares, sendo considerada um dos problemas oclusais mais difíceis de tratar, principalmente por sua etiologia multifatorial e sua íntima relação com hábitos bucais deletérios. Objetivo Identificar a prevalência de mordida aberta anterior nos pré-escolares de Salvador-BA, bem como fatores potencialmente associados à mesma. Material e método Trata-se de um estudo de corte transversal em 1.577 crianças em idade pré-escolar (36 a 71 meses), que frequentavam creches públicas municipais de Salvador-BA. Resultado A média de idade das crianças foi aproximadamente 54 meses. A maioria pertencia ao sexo masculino (50,29%). A população de estudo foi predominantemente composta por negros e pardos (92,02%). A prevalência de má-oclusão foi de 40,46% e, destes, 14,02% possuíam mordida aberta. Com relação à escolaridade, a maior parte das mães (55,86%) e dos pais (50,08%) foi igual ou superior ao Ensino Fundamental II Completo. A sucção digital foi comum em 6,73% das crianças e 10,39% faziam sucção de chupeta. Foram identificados, como fatores de proteção à mordida aberta, a escolaridade do pai maior ou igual ao Ensino Fundamental II completo (RP= 0,62 IC= 0,41-0,95) e a onicofagia (RP= 0,34 IC= 0,21-0,56). Como fatores de risco, identificaram-se o uso de chupeta (RP= 17,98 IC= 10,91-29,62) e a sucção digital (RP= 11,04 IC= 6,0-20,32). Conclusão Medidas educativas direcionadas aos pais e responsáveis se fazem essenciais para a prevenção do desenvolvimento de hábitos deletérios nos pré-escolares. Outros estudos são necessários a fim de aprofundar o entendimento sobre os fatores de proteção identificados neste estudo.