Priscila Roman, Vanessa Spinelli, Ana Paula Maihack Gauer, Franciane Barbieri Fiório, Ana Cristina Mucke, Viviane Jacintha Bolfe Azzi
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Abstract
Resumo Introdução: Incontinência urinária (IU) é qualquer perda involuntária de urina, apresentando relação com sobrecarga e fraqueza da musculatura do assoalho pélvico. O esforço físico exigido da mulher agricultora pode predispor à maior frequência de IU. Objetivo: Avaliar a prevalência e fatores associados à IU em mulheres agricultoras. Métodos: Estudo de corte transversal, com aplicação de ficha de avaliação e do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) em mulheres com idade entre 25 e 50 anos. As mulheres com perda urinária responderam ao King’s Health Questionnaire (KHQ). A coleta de dados foi por entrevista individual. Os dados foram analisados por frequência absoluta e relativa, sendo empregado o teste de Mann-Whitney para intergrupos e o coeficiente de correlação de Spearman para relacionar as variáveis, considerando p < 0,05. Resultados: Duzentas mulheres agricultoras foram entrevistadas, das quais 52 (26%) referiram perda involuntária de urina. O grupo incontinente apresentou maior número de infecção urinária anual (3,23 ± 1,40). A maior parte das mulheres incontinentes referiram escape 1x/semana ou menos (73,08%), em pequena quantidade (82,69%) e durante o esforço (57,69%). A qualidade de vida foi classificada como muito boa por 59,62%. A intensidade do trabalho foi considerada forte por 25% das mulheres incontinentes. Apenas 30,5% das voluntárias souberam definir IU a e 97,7% consideram não ser normal. Conclusão: A prevalência de IU foi equivalente à média da população feminina em geral, tendo a infecção urinária como fator associado. A perda ocorre principalmente por conta de esforços e a falta de conhecimento pode dificultar a identificação e procura por tratamento.