“O médico brasileiro sabe como tratar a Covid-19”: sentidos de autonomia médica na pandemia

I. L. Oliveira, Matias Aidan Cunha de Sousa, Karlla Dannielle da Silva Guedes, N. D. Silva, Juliana Sampaio
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Abstract

Resumo A pandemia de Covid-19 teve início no Brasil em março de 2020. Desde então, há diversas divergências e disputas, entre profissionais de saúde, pesquisadores e entidades regulamentadoras, sobre tratamentos prescritos para essa infecção. Diante desse cenário, esta nota se propõe a discutir a autonomia médica na conjuntura descrita, com base em documentos oficiais do Conselho Federal de Medicina brasileiro, produzidos entre 2020 e 2021, considerando as possibilidades terapêuticas mencionadas. Como resultado, foram obtidos três documentos oficiais que evidenciam como única forma de ‘autonomia’ a ‘autonomia médica’, enquanto a ‘autonomia do paciente’ não é evidenciada no que tange à adoção de terapêuticas. Não observamos discussões nos documentos sobre o princípio bioético da não maleficência e o da própria autonomia. Desta forma, percebe-se que a valorização da ‘autonomia médica’, sem considerar os saberes/fazeres dos pacientes e, tampouco, os achados científicos, pode promover equívocos e ferir princípios do fazer médico.
“巴西医生知道如何治疗新冠肺炎”:疫情中医疗自主的含义
2019冠状病毒病大流行于2020年3月在巴西开始。从那时起,卫生专业人员、研究人员和监管机构对这种感染的处方治疗存在一些分歧和争议。在这种情况下,本说明建议根据2020年至2021年期间巴西联邦医学委员会的官方文件,考虑到上述治疗可能性,讨论上述情况下的医疗自主权。结果,获得了三份官方文件,证明“医疗自主”是“自主”的唯一形式,而“患者自主”在采用治疗方法方面没有得到证明。我们在文献中没有看到关于无伤害和自主的生物伦理原则的讨论。因此,人们意识到,不考虑病人的知识/实践或科学发现而重视“医疗自主权”,可能会促进误解,损害医学实践的原则。
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