{"title":"A representação do cidadão (português) medíocre em Dulce Maria Cardoso","authors":"Gabriela Cristina Borborema Bozzo","doi":"10.15448/1983-4276.2021.2.41665","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O cidadão (português) medíocre é aquele que abdica da própria individualidade, se aliena, se rende ao sistema socioeconômico e é submisso. Assim, o cidadão (português) medíocre figura, em uma seção da obra de Dulce Maria Cardoso, um ser sem nome, sem identidade fixa, chamado de “funcionário”, que são todos parecidos uns com os outros, para desidentificar a humanidade deles. Nosso corpus, por sua vez, é composto por Campo de sangue e Os meus sentimentos, os dois primeiros romances publicados pela escritora portuguesa contemporânea. Objetivamos, no presente artigo, delinear o perfil desses ditos “funcionários”, bem como investigar sua presença e função no corpus. Para tanto, embasar-nos-emos em O que é a não pertença e como se dá a sua construção em Os meus sentimentos, de Dulce Maria Cardoso, de Gabriela Cristina Borborema Bozzo; Manifesto comunista, de Marx e Engels, Adorno e Freud em “Civilização e alienação: diálogo com Freud e Adorno” (2006), de Danelon e O romance português contemporâneo (1950-2010), de Miguel Real.","PeriodicalId":52736,"journal":{"name":"Navegacoes Revista de Cultura e Literaturas de Lingua Portuguesa","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Navegacoes Revista de Cultura e Literaturas de Lingua Portuguesa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/1983-4276.2021.2.41665","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O cidadão (português) medíocre é aquele que abdica da própria individualidade, se aliena, se rende ao sistema socioeconômico e é submisso. Assim, o cidadão (português) medíocre figura, em uma seção da obra de Dulce Maria Cardoso, um ser sem nome, sem identidade fixa, chamado de “funcionário”, que são todos parecidos uns com os outros, para desidentificar a humanidade deles. Nosso corpus, por sua vez, é composto por Campo de sangue e Os meus sentimentos, os dois primeiros romances publicados pela escritora portuguesa contemporânea. Objetivamos, no presente artigo, delinear o perfil desses ditos “funcionários”, bem como investigar sua presença e função no corpus. Para tanto, embasar-nos-emos em O que é a não pertença e como se dá a sua construção em Os meus sentimentos, de Dulce Maria Cardoso, de Gabriela Cristina Borborema Bozzo; Manifesto comunista, de Marx e Engels, Adorno e Freud em “Civilização e alienação: diálogo com Freud e Adorno” (2006), de Danelon e O romance português contemporâneo (1950-2010), de Miguel Real.
平庸的公民是一个放弃自己的个性,疏远自己,屈服于社会经济体系,是顺从的人。因此,在杜尔丝·玛丽亚·卡多索(Dulce Maria Cardoso)的作品中,一个普通公民的形象,一个没有名字的人,没有固定的身份,被称为“官员”,他们都很相似,以消除他们的人性。我们的语料库由当代葡萄牙作家出版的前两部小说《血场》和《我的感情》组成。在这篇文章中,我们的目的是概述这些所谓的“员工”的概况,并调查他们在语料库中的存在和功能。为此,我们将在杜尔丝·玛丽亚·卡多索、加布里埃拉·克里斯蒂娜·博尔博莱马·博佐的《我的感情》中,以什么是不属于以及它是如何构建的为基础;马克思和恩格斯的《共产主义宣言》、阿多诺和弗洛伊德的《文明与异化:与弗洛伊德和阿多诺的对话》(2006)和米格尔·雷亚尔的《葡萄牙当代小说》(1950-2010)。