{"title":"O vazio e a “comunidade que vem”: reflexões político-teológicas desde a pandemia da COVID-19","authors":"Daniel Meira Santos Souza","doi":"10.15603/2176-1078/ER.V35N1P29-48","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esse artigo tem a comunidade no contexto da pandemia da COVID-19 como um conceito organizador. Com os cenários de isolamento social, as perguntas pelo “viver junto” e o “viver só” tornam-se latentes. Para ensaiar possibilidades prático-teóricas para o problema do viver comum, organizei esse artigo a partir das seguintes temáticas: i) a aproximação entre a comunidade e o imaginário da trindade, com novas possibilidades de leitura a partir das noções de “makom” e de “pericórese”; ii) a reflexão sobre a “comunidade que vem” e as propostas de dessubjetivação e esvaziamento de uma noção ideal e colonial de humanidade; e iii) as leituras teológicas sobre a graça e as “brechas” possíveis para a constituição de arranjos éticos comuns. O movimento do texto, portanto, nos coloca diante do dilema da vida na pandemia e, nesse cenário de insegurança, ensaia estratégias imaginativas que assumem o vazio (de Deus e do humano) para nos arriscarmos em uma (im)possibilidade da vida em relação.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"35 1","pages":"29-48"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos de Religiao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/ER.V35N1P29-48","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Esse artigo tem a comunidade no contexto da pandemia da COVID-19 como um conceito organizador. Com os cenários de isolamento social, as perguntas pelo “viver junto” e o “viver só” tornam-se latentes. Para ensaiar possibilidades prático-teóricas para o problema do viver comum, organizei esse artigo a partir das seguintes temáticas: i) a aproximação entre a comunidade e o imaginário da trindade, com novas possibilidades de leitura a partir das noções de “makom” e de “pericórese”; ii) a reflexão sobre a “comunidade que vem” e as propostas de dessubjetivação e esvaziamento de uma noção ideal e colonial de humanidade; e iii) as leituras teológicas sobre a graça e as “brechas” possíveis para a constituição de arranjos éticos comuns. O movimento do texto, portanto, nos coloca diante do dilema da vida na pandemia e, nesse cenário de insegurança, ensaia estratégias imaginativas que assumem o vazio (de Deus e do humano) para nos arriscarmos em uma (im)possibilidade da vida em relação.