Fernando Soares Machado, E. Ribeiro, Geraldo Gonçalves de Lima
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Abstract
O discurso de inclusão educacional, voltado à igualdade de oportunidades e à educação para todos, camufla-se sob o domínio das teorias educacionais de base econômica instituídas nas políticas públicas brasileiras, com fins produtivistas, que exacerbam o individualismo e as desigualdades. As teorias progressistas confrontam-se a esse sistema propondo uma educação pautada na luta de classes e na transformação social. O presente estudo tem como objetivos compreender a concepção das políticas direcionadas à educação inclusiva no cenário brasileiro, a partir dos anos de 1990, por influência do neotecnicismo pedagógico, e apresentar possíveis contribuições da teoria progressista libertadora para a inclusão educacional. O método utilizado tomou como base uma pesquisa qualitativa, envolvendo a análise da legislação referente ao tema (documental) e bibliográfica, a partir de publicações de autores que discutem a inclusão como apropriação do neoliberalismo e das ideias defendidas por Paulo Freire. Assim, a pedagogia libertadora fundamenta-se como uma alternativa de ruptura da lógica neoliberal ao defender uma educação dialógica por meio de uma práxis que inclua, que se preocupa com a construção coletiva, crítica, política, consciente e reflexiva, pautada em uma educação enquanto ambiente de transformação dos sujeitos.