{"title":"Fake news no WhatsApp: um estudo da percepção dos efeitos em terceiros","authors":"A. Lemos, F. Oliveira","doi":"10.15603/2175-7755/cs.v42n1p193-227","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Apresenta a relação entre a percepção de um usuário da informação sobre sua competência informacional e sua percepção sobre o compartilhamento de fake news no WhatsApp. Os dados foram coletados por meio de questionário on-line, com um grupo de estudantes de uma especialização em letramento informacional e uma amostra geral. A percepção individual sobre o próprio comportamento informacional está positivamente relacionada à confiança da mídia, e não à sua competência informacional. Os participantes percebem que outras pessoas são mais suscetíveis a ser influenciadas e compartilhar fake news que eles mesmos – família, amigos, colegas e os brasileiros em geral. Eles percebem que o compartilhamento de fake news no WhatsApp é muito prejudicial e não consideram que quem compartilha desinformação o faz por querer, mas sim, por falta de competências em informação. Não se identificou ações corretivas. Embora os participantes digam preocupar-se com os efeitos do compartilhamento das fake news no WhatsApp e tomar atitudes para os combater, não é possível identificar, de fato, estas ações. Conclui-se que os participantes parecem considerar que quem compartilha conteúdos falsos é vítima e não tem interesse na circulação de informações falsas. Por último, os participantes desconsideram a economia das fake news, os mecanismos que permitem sua reprodução e a dimensão técnica da circulação da informação – o modo como algoritmos reestruturam o fluxo de informações na internet, a existência de bots, dentre outros.","PeriodicalId":31285,"journal":{"name":"Comunicacao Sociedade","volume":"42 1","pages":"193-227"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Comunicacao Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15603/2175-7755/cs.v42n1p193-227","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Apresenta a relação entre a percepção de um usuário da informação sobre sua competência informacional e sua percepção sobre o compartilhamento de fake news no WhatsApp. Os dados foram coletados por meio de questionário on-line, com um grupo de estudantes de uma especialização em letramento informacional e uma amostra geral. A percepção individual sobre o próprio comportamento informacional está positivamente relacionada à confiança da mídia, e não à sua competência informacional. Os participantes percebem que outras pessoas são mais suscetíveis a ser influenciadas e compartilhar fake news que eles mesmos – família, amigos, colegas e os brasileiros em geral. Eles percebem que o compartilhamento de fake news no WhatsApp é muito prejudicial e não consideram que quem compartilha desinformação o faz por querer, mas sim, por falta de competências em informação. Não se identificou ações corretivas. Embora os participantes digam preocupar-se com os efeitos do compartilhamento das fake news no WhatsApp e tomar atitudes para os combater, não é possível identificar, de fato, estas ações. Conclui-se que os participantes parecem considerar que quem compartilha conteúdos falsos é vítima e não tem interesse na circulação de informações falsas. Por último, os participantes desconsideram a economia das fake news, os mecanismos que permitem sua reprodução e a dimensão técnica da circulação da informação – o modo como algoritmos reestruturam o fluxo de informações na internet, a existência de bots, dentre outros.