Renata Alves de Albuquerque Othon, Maria das Graças Pinto Coelho
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Abstract
O ideal de “Geração Digital” tem sido amplamente utilizado na mídia e em algumas pesquisas para enaltecer a relação entre os jovens e as tecnologias. Questiona-se, no entanto, até que ponto essa concepção abrange os usos reais das TICs, tendo em mente que o consumo é mediado por uma série de contextos. Em vista disso, este artigo tem como objetivo investigar o consumo midiático por crianças para identificar as práticas e sentidos produzidos por elas, adotando-se como referência o acesso à internet pelo smartphone. Aplica-se um estudo exploratório de caráter qualitativo, construído em torno de uma observação não participante e de entrevistas semiestruturadas com cinco jovens entre 12 e 14 anos. Dentre os relatos, identifica-se a interlocução cada vez mais integrada entre ambiências digitais e físicas, públicas e privadas, mediadas pelo telefone celular e pelos conteúdos on-line. Nessa lógica, as tecnologias demarcam culturas de pares e relações de pertencimento a determinados grupos, além de uma subjetividade produzida a partir do olhar do outro. Desse modo, verifica-se que o entretenimento e a sociabilidade protagonizam os usos sociais dessas mídias e contrariam a generalização presente no imperativo “Geração Digital”.