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Abstract
O objetivo desse estudo é analisar os traços da cultura nacional nas organizações, considerando as práticas gerenciais e as categorias propostas a partir dos estudos de D’Iribarne (1989). Assim realizou-se uma pesquisa qualitativa e descritiva, por meio de entrevistas com 40 gerentes atuantes em organizações dos setores bancário, tecnológico, energético e industrial, em Belo Horizonte/MG. Os dados apontam uma percepção coletiva do senso de dever, mesmo diante das mudanças contemporâneas. As relações hierárquicas espelham o traço cultural baseado nas relações pessoais. Sobre o controle, há boa aceitação, sobressaindo o apego às leis e normas como traço cultural nacional presente nas organizações. A definição de responsabilidades corrobora a valorização das normas estabelecidas e escritas. As sanções são aplicadas tanto para a gestão de recompensas, quanto para punições, observando-se a presença do traço cultural do individualismo. A qualidade de cooperação integra seus valores cotidianos das organizações. Quanto a regulação, os interesses individuais são consequências dos interesses organizacionais. Com a realização desse estudo percebeu-se que o indivíduo não apenas reproduz a cultura organizacional apreendida, mas também produz formas diferentes de referenciar-se a esta cultura.