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Abstract
Resumo: No contexto dos debates recentes sobre escala e teoria socioespacial, esse texto explora alguns dos limites e possibilidades das interpretacoes escalares dos padroes de reestruturacao urbana e regional relacionados ao pos-fordismo e ao periodo referente ao inicio do seculo XXI. Inicio assinalando algumas das premissas escalares que embasaram debates sobre a questao urbana nos anos 1970 e 1980. Eu entao sugiro que, desde os anos 1990, a questao urbana tem sido repensada conceitualmente em termos reflexivamente escalares, no contexto de debates sobre a reestruturacao urbana e regional mundial. A problematica da escala geografica – sua organizacao espacial, sua producao social, sua contestacao politica e reconfiguracao historica – foi, portanto, inserida no âmago da questao urbana. As secoes seguintes destacam a utilidade da perspectiva escalar para pensar as transformacoes urbanas contemporâneas, mas salientam a dificuldade persistente de definir seu conteudo analitico distintivo. Confronto esse problema oferecendo uma serie de proposicoes gerais com o proposito de especificar os parâmetros conceituais determinados das questoes de escala e, por implicacao, dos processos de reescalonamento. A teorizacao proposta envolve um estreitamento conceitual das questoes de escala: os conceitos de escala nao devem ser confundidos com aqueles de espaco, lugar, territorio ou redes. Consequentemente, as geografias cambiantes e polimorficas da reestruturacao urbana nao podem e nao devem ser conceituadas inteiramente em termos escalares. Eu argumento, porem, que os conceitos escalares permanecem ferramentas essenciais para decifrar algumas das dimensoes mais importantes das transformacoes urbanas contemporâneas.