L. Aguiar, Nathalia Maria Dias Barbosa, Soraya Araújo Uchôa Cavalcanti
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Abstract
A partir de 1990, com a ascensão ideopolítica neoliberal no Brasil, observa-se um desmonte aos direitos sociais conquistados na Constituição Federal de 1988. Denominado como contrarreforma do Estado, o neoliberalismo trouxe marcas para a classe trabalhadora, principalmente com a intensificação do trabalho, a fragmentação e focalização das políticas sociais e a os agravos ao desenvolvimento da plena saúde da população. A família, enquanto espaço privilegiado das políticas sociais, sofrem diretamente os rebatimentos desse processo. Observado esse contexto, o presente artigo analisa a realidade de famílias que realizam o cuidado de seus membros agravados por doenças crônicas oncológicas em estágio de Cuidados Paliativos, no qual busca compreender os rebatimentos da conjuntura de contrarreforma do Estado brasileiro a essas famílias. Foi realizado estudo com técnicas qualitativas de entrevista de campo, observação direta e pesquisa bibliográfica para o alcance do objetivo proposto. Foram entrevistadas quatro familiares de usuários atendidos no ano de 2016 pelo Serviço Domiciliar de um hospital de referência da cidade do Recife, Pernambuco. O estudo elucida a feminilização do cuidado familiar e a ausência de políticas sociais para as cuidadoras, demonstrando uma ausência de cuidados para quem cuida.