Maria Clara Silva Lage, Rafael Mesquita de Souza Lima
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Abstract
O status é um fator importante para as potências emergentes do Sul Global e elas buscam aumentar sua estima internacional, revisando a hierarquia global. Concomitantemente, precisam tomar escolhas diferentes de estratégias internacionais: imitar, desafiar ou seguir vias alternativas de mobilidade internacional em relação às potências tradicionais. Diante deste dilema, o quanto as potências emergentes priorizaram o Sul e o Norte Globais ao longo do tempo? Sabendo que a diplomacia presidencial é um dos marcadores de status do sistema internacional contemporâneo, este trabalho testou a seguinte hipótese: organizações internacionais do Sul Global receberam mais visitas de chefes de Estado/governo de potências emergentes do que outros tipos de organização. Acompanhamos a diplomacia presidencial de África do Sul, Brasil, China e Índia entre 1998 e 2019. O número de visitas presidenciais foi coletado através dos bancos de dados Rising Powers Diplomatic Network e China Visits. A hipótese foi testada através da estatística descritiva, gerando uma métrica longitudinal estável para monitorar o grau de priorização entre destinos do Norte ou do Sul pelos quatro países analisados. Os resultados indicam que a média de visitas ao Sul Global foi superior para a África do Sul (59,9% das viagens), Brasil (55,7%) e China (53,3%), mas não para a Índia (44,4%). Os achados indicam que as potencias emergentes, em geral, priorizaram organizações do Sul Global em comparação a destinos do Norte Global, validando nossa hipótese de trabalho.