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Abstract
Estudos recentes (MURROCK et al, 2018; SANGALANG et al, 2019) demonstram que há primazia de afeto na interação com conteúdos de desinformação e discursos de ódio na mídia. Apesar disso, as pesquisas sobre letramento midiático privilegiam fatores conscientes, ignorando fatores materiais e afetivos. Este texto tem o objetivo de discutir como corpo, tecnologia e afetos atuam na interação com as mídias. Para isso está organizado em duas partes. A primeira problematiza abordagens sobre letramentos e mídias. A segunda traz pesquisas sobre mente corporificada e teoria do afeto para embasar como corpos, tecnologias e afetos participam da mediação distribuída (GRUSIN, 2010), intensificando a proliferação de discursos de medo, ódio e intolerância e de campanhas de desinformação.