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Abstract
Este artigo está inserido no campo dos estudos da poesia falada, mais especificamente das competições do poetry slam, tomando como caso o Slam Coalkan, primeiro evento indígena mundial nesse formato, realizado em 2021 através de uma parceria entre festivais do Brasil e do Canadá, que reuniu poetas dos hemisférios sul e norte de Abya Yala. A partir de uma observação crítica, este estudo descreve e analisa o referido campeonato, enfatizando a importância da oralidade para as culturas dos povos originários, sendo a protagonista em um contexto como o dos poetry slams. Ancorado em referenciais teóricos sobre literatura indígena, o trabalho pretende ressaltar a necessidade de uma escuta atenta às vozes desses sujeitos historicamente silenciados e marginalizados, que deixam em destaque saberes ancestrais em suas narrativas de luta, emancipação e resistência. Ademais, ao divulgar esse acontecimento inédito, objetiva valorizar e defender a legitimidade da poesia que se produz e circula nos slams.