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Abstract
Nosso objetivo é apresentar as propostas defendidas pelo negociante Joaquim José da Silva Maia (1776-1831) quando redigiu o periódico Semanário Cívico (1821-1823) na Bahia. Para tanto, problematizaremos alguns postulados cristalizados na historiografia e na memória sobre a Independência, como os argumentos de que as Cortes de Lisboa se preparavam para «recolonizar» o Brasil e que o projeto de separação foi supostamente defendido por todos os «brasileiros» nas diversas províncias desse Reino. Nosso intuito é demonstrar que uma multiplicidade de projetos políticos foi articulada na década de 1820, ligada aos interesses e negócios particulares de cada um dos diferentes grupos na sociedade. O que mostraremos é que para muitos como Joaquim da Silva Maia e seu grupo, a proposta para um Império Português não só era a alternativa mais viável como contemplaria substancialmente seus interesses políticos e de negócios habilmente apontados como sendo os de toda a nação portuguesa.