{"title":"Ansiedade social: adaptação e evidências de validade da forma curta da Social Interaction Anxiety Scale e da Social Phobia Scale para o Brasil","authors":"M. D. M. Ramos, E. Cerqueira-Santos","doi":"10.1590/0047-2085000000304","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo A ansiedade social é um transtorno psicológico pouco publicizado, mas com importante distribuição epidemiológica. O presente estudo teve como objetivo adaptar para o contexto brasileiro as versões reduzidas da Social Interaction Anxiety Scale (SIAS) e da Social Phobia Scale (SPS) (SIAS-6 e SPS-6) e produzir evidências de validade. Essas escalas avaliam ansiedade em interações sociais e ansiedade social diante da possibilidade de escrutínio por outras pessoas, sendo complementares. Métodos Como são escalas com reconhecido uso internacional, a adaptação para o Brasil pode trazer contribuições para as investigações clínicas e científicas acerca do transtorno de ansiedade social. Foram realizados processos criteriosos para a adaptação (tradução, avaliação por juízes, retrotradução, avaliação pelo público-alvo) e conduzido um levantamento on-line com 1.049 pessoas, maiores de 18 anos, com média de idade de 25,98 anos (DP = 7,55). Resultados Utilizaram-se Análises Fatoriais Confirmatórias e, desse modo, constatou-se que os índices de ajuste produzidos são, em geral, adequados (SRMR < 0,04, CFI > 0,96, TLI > 0,94 e RMSEA < 0,05) e que os itens possuem cargas fatoriais adequadas (entre 0,441 e 0,837). As evidências de validade discriminante também se mostraram satisfatórias, conseguindo diferenciar grupos por renda e orientação sexual, como esperado pela literatura. Conclusões Os resultados sugerem que as escalas são adequadas para uso no Brasil, tanto para uso em separado como para uso combinado, como fatores correlacionados.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000304","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO Objetivo A ansiedade social é um transtorno psicológico pouco publicizado, mas com importante distribuição epidemiológica. O presente estudo teve como objetivo adaptar para o contexto brasileiro as versões reduzidas da Social Interaction Anxiety Scale (SIAS) e da Social Phobia Scale (SPS) (SIAS-6 e SPS-6) e produzir evidências de validade. Essas escalas avaliam ansiedade em interações sociais e ansiedade social diante da possibilidade de escrutínio por outras pessoas, sendo complementares. Métodos Como são escalas com reconhecido uso internacional, a adaptação para o Brasil pode trazer contribuições para as investigações clínicas e científicas acerca do transtorno de ansiedade social. Foram realizados processos criteriosos para a adaptação (tradução, avaliação por juízes, retrotradução, avaliação pelo público-alvo) e conduzido um levantamento on-line com 1.049 pessoas, maiores de 18 anos, com média de idade de 25,98 anos (DP = 7,55). Resultados Utilizaram-se Análises Fatoriais Confirmatórias e, desse modo, constatou-se que os índices de ajuste produzidos são, em geral, adequados (SRMR < 0,04, CFI > 0,96, TLI > 0,94 e RMSEA < 0,05) e que os itens possuem cargas fatoriais adequadas (entre 0,441 e 0,837). As evidências de validade discriminante também se mostraram satisfatórias, conseguindo diferenciar grupos por renda e orientação sexual, como esperado pela literatura. Conclusões Os resultados sugerem que as escalas são adequadas para uso no Brasil, tanto para uso em separado como para uso combinado, como fatores correlacionados.
期刊介绍:
O Jornal Brasileiro de Psiquiatria se insere em programas de educação continuada e atualização e tem como missão divulgar trabalhos de pesquisa (realizados em instituições brasileiras e estrangeiras) cujos resultados tenham potencial para a investigação e prática clínica no campo da Psiquiatria. Criado em 1938, foi publicado até 1950, sob o título “Anais do Instituto de Psiquiatria”, sem periodicidade regular.