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Abstract
Compreender como o capacitismo se reproduz no ensino superior é imprescindível para se remover barreiras de acesso ao conhecimento e para a garantia da participação social de pessoas com deficiência nesse espaço. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a produção científica referente ao capacitismo no ensino superior quanto às perspectivas conceituais, as principais implicações para as pessoas com deficiência e os elementos que corroboram a construção de práticas anticapacitistas. As informações foram obtidas por meio de uma revisão integrativa da literatura que abrangeu 36 artigos disponibilizados nas bases de dados Scopus, PsycInfo, Web of Science, SciELO; One File e ERIC, publicados entre 2000 e 2020. Os achados foram analisados a partir de um protocolo de revisão elaborado pelas autoras. Os resultados foram organizados em três categorias: a) perspectivas conceituais do capacitismo; b) reprodução do capacitismo no ensino superior e; c) contribuições para a construção de práticas anticapacitistas. Identificou-se que o capacitismo é institucionalizado no ensino superior e corrobora a patologização e medicalização das pessoas com corporalidades desviantes do padrão normativo. A construção de práticas anticapacitistas demanda a análise crítica das narrativas capacitistas, a incorporação da perspectiva interseccional, e o compromisso com a eliminação das barreiras e com a participação das pessoas com deficiência. Por fim, destaca-se a relevância de se incorporar a categoria capacitismo na produção do conhecimento, formação dos profissionais que atuam no ensino superior e nas políticas educacionais brasileiras.