I. Lopes, Daniela de Ulysséa Leal, J. S. M. Cardoso, Carina Aparecida Veridiano
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Abstract
O debate sobre a adequação da comunicação às particularidades locais, gênero, classe, culturae território tem se intensificado durante a pandemia. Este artigo se insere nessa perspectiva,objetiva compreender os hábitos de consumo de informação das mulheres da ComunidadeQuilombola Buieié (Viçosa, MG) em comparação com as estratégias de comunicaçãoadotadas pelo governo federal e mineiro para lidar com as especificidades das comunidadestradicionais no enfrentamento ao novo coronavírus. Foram entrevistadas nesta pesquisa 25mulheres entre 18 e 76 anos. O resultado aponta muitos desencontros entre as estratégias decomunicação adotadas pelos governos e a realidade das sujeitas desta pesquisa. A comunicaçãogovernamental tem sido focada nos meios digitais em relação à exclusão digital da maioriadas entrevistadas. As mulheres se informam pela televisão ou rádio, contudo há ausência decampanhas veiculadas nesses meios. A perspectiva de gênero e intercultural para comunidadesquilombolas também têm sido negligenciadas pelas autoridades.Palavra-chave: Comunidade quilombola; comunicação de riscos; comunicação intercultural; Covid -19