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Abstract
A partir da dupla possibilidade de constituição de narrativas de resistência, apresentada por Alfredo Bosi (1996), coloca-se em foco os romances K. Relato de uma busca (2011), de Bernardo Kucinski; Não falei (2014), de Beatriz Bracher; e O corpo interminável (2019), de Claudia Lage. Os três romances, ao abordarem a ditadura civil-militar brasileira, bem como suas consequências que ainda se fazem presentes, muito em razão de um processo de reconciliação extorquida, apresentam certamente uma temática de resistência. Pretende-se, no entanto, pensá-los também a partir da concepção de resistência como forma imanente à escrita. Para tanto, objetiva-se verificar as estratégias narrativas utilizadas, buscando conferir a hipótese de que a aporia da memória guarda em si a faísca da potência estética de cada romance, das saídas formais que cada um deles irá encontrar para lidar, então, com as (im)possibilidades da narração da memória.
从阿尔弗雷多·博西(1996)提出的抵抗叙事构成的双重可能性出发,我们关注了贝纳多·库钦斯基的小说《K. Relato de uma busca》(2011);比阿特丽斯·布拉克(Beatriz Bracher)的《我没有说话》(2014);还有克劳迪娅·拉格的《无尽的身体》(2019)。这三部小说探讨了巴西军民独裁及其后果,这在很大程度上是由于敲诈和解的过程,当然呈现了抵抗的主题。然而,我们也打算从抵抗作为一种内在的写作形式的概念来思考它们。因此,我们的目标是验证所使用的叙事策略,试图验证这样一个假设,即记忆的aporia本身就保留了每一部小说的审美力量的火花,以及每一部小说将找到的形式输出,然后处理记忆叙事的(im)可能性。