{"title":"Neoliberalismo, guerra híbrida e a campanha presidencial de 2018","authors":"Julio Cesar Lemes de Castro","doi":"10.15603/2175-7755/cs.v42n1p261-291","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O resultado da última eleição presidencial no Brasil insere-se numa inflexão hiperautoritária do neoliberalismo em escala global, a partir especialmente do referendo do Brexit e da vitória de Trump. No âmbito nacional, ele coroa o processo de crise simultânea da Nova República e do lulismo, que se desdobra em diversas etapas: as Jornadas de Junho, em 2013; a Lava Jato, a partir de 2014; o golpe parlamentar-judicial contra Dilma Rousseff, em 2016; e a campanha de Jair Bolsonaro, em 2018. Tais etapas podem ser consideradas episódios de guerra híbrida, modalidade de luta política que aprofunda o componente de desestabilização característico do neoliberalismo. Neste artigo, com base em pesquisa bibliográfica e observações empíricas, a campanha de Bolsonaro é investigada como manifestação de guerra híbrida, levando em conta a infraestrutura midiática montada, a anomia informacional provocada, as narrativas e afetos mobilizados e a estética do meme utilizada.","PeriodicalId":31285,"journal":{"name":"Comunicacao Sociedade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Comunicacao Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15603/2175-7755/cs.v42n1p261-291","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
O resultado da última eleição presidencial no Brasil insere-se numa inflexão hiperautoritária do neoliberalismo em escala global, a partir especialmente do referendo do Brexit e da vitória de Trump. No âmbito nacional, ele coroa o processo de crise simultânea da Nova República e do lulismo, que se desdobra em diversas etapas: as Jornadas de Junho, em 2013; a Lava Jato, a partir de 2014; o golpe parlamentar-judicial contra Dilma Rousseff, em 2016; e a campanha de Jair Bolsonaro, em 2018. Tais etapas podem ser consideradas episódios de guerra híbrida, modalidade de luta política que aprofunda o componente de desestabilização característico do neoliberalismo. Neste artigo, com base em pesquisa bibliográfica e observações empíricas, a campanha de Bolsonaro é investigada como manifestação de guerra híbrida, levando em conta a infraestrutura midiática montada, a anomia informacional provocada, as narrativas e afetos mobilizados e a estética do meme utilizada.