{"title":"Imaginários universais, racismo e branquitude no Brasil: uma história ainda por contar","authors":"L. Sovik","doi":"10.26664/issn.2238-5126.102202113276","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A violência racial é frequentemente atribuída a uma espécie de escravagismo atávico. Este ensaio discute essa tese e suas limitações, assim como o silêncio em torno do impacto da Abolição sobre imaginários brancos brasileiros, nas últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX. Examina a narrativa feita por Stuart Hall sobre esse mesmo período em dois textos em que discute a história dos meios de comunicação, apontando as diferenças entre o “imperialismo popular”, cujas origens Hall identifica na propaganda e na imprensa dessa época, e a história política e midiática brasileira. Propõe que um elo perdido, na história da mídia brasileira, importante para a discussão da violência racial, é a eventual influência das grandes exposições universais que foram realizadas na Europa e nos Estados Unidos para comunicar e celebrar as conquistas de novas tecnologias e de diversos imperialismos brancos. ","PeriodicalId":32392,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Historia da Midia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Historia da Midia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.102202113276","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A violência racial é frequentemente atribuída a uma espécie de escravagismo atávico. Este ensaio discute essa tese e suas limitações, assim como o silêncio em torno do impacto da Abolição sobre imaginários brancos brasileiros, nas últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX. Examina a narrativa feita por Stuart Hall sobre esse mesmo período em dois textos em que discute a história dos meios de comunicação, apontando as diferenças entre o “imperialismo popular”, cujas origens Hall identifica na propaganda e na imprensa dessa época, e a história política e midiática brasileira. Propõe que um elo perdido, na história da mídia brasileira, importante para a discussão da violência racial, é a eventual influência das grandes exposições universais que foram realizadas na Europa e nos Estados Unidos para comunicar e celebrar as conquistas de novas tecnologias e de diversos imperialismos brancos.