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Abstract
A partir da leitura do livro O infamiliar [Das Unheimliche] (1919), de Sigmund Freud, este artigo busca analisar a construção da palavra poética em seu constante confrontamento com o infamiliar, que se constitui como a base inventiva e pulsional do escritor enquanto personagem-criança de seus próprios textos. Esta análise se fundamenta no estudo de um fragmento do livro L’écriture du désastre, de Maurice Blanchot, intitulado “(Uma cena primitiva?)”, e no livro Poeminha em língua de brincar, de Manoel de Barros. Entre os dois escritores trava-se um progressivo diálogo acerca da potencialidade inventiva da criança em criar e/ou imaginar a partir do infamiliar que, para além de uma cena ou de um ato específico que lhe provocará um possível trauma, se encontra na própria palavra poética. Nessa perspectiva, através do olhar infantil, propomos refletir como se apresenta o infamiliar no poema de Manoel de Barros e na escrita-poética de Maurice Blanchot.
本文通过阅读西格蒙德·弗洛伊德(Sigmund Freud)的《恶名》(Das Unheimliche)(1919)一书,试图分析诗歌词在与恶名的不断对抗中的结构,它构成了作家作为自己文本的性格孩子的创造性和驱动性基础。这一分析基于对莫里斯·布兰肖特(Maurice Blanchot)题为“(原始场景?)”的书的一个片段和马诺埃尔·德·巴罗斯(Manoel de Barros)的《戏剧语言中的坡》(Poemy in language of play)一书的研究。在两位作家之间,有一段关于孩子在创造和/或想象臭名昭著的事物时的创造性潜力的渐进对话,除了会给他带来可能创伤的场景或特定行为之外,这个词本身就是诗歌。从这个角度出发,我们建议通过这种幼稚的眼光来反思巴罗斯的诗歌和布兰肖特的诗歌创作中臭名昭著的东西是如何呈现的。