Kátia Bones Rocha, A. D. Silveira, A. Gazzola, Dandara Varela da Silva, Raphaela Popoviche Eifler
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Abstract
O trabalho dos Agentes Comunitarios de Saude (ACS) na politica de HIV/Aids esta em construcao nas equipes de atencao basica (AB). O presente estudo teve como objetivo analisar os atravessamentos relacionados a tematica de HIV/Aids na atuacao dos ACS a partir da interlocucao dos atores envolvidos, tendo em vista que se trata de uma politica em disputa. Utilizou-se o metodo qualitativo exploratorio. A coleta de dados foi realizada em 15 unidades de saude de Porto Alegre. Utilizou-se um recorte de 14 entrevistas com profissionais da atencao basica e da gestao em HIV/Aids compreendidas e analisadas atraves da analise tematica. Os resultados agrupam-se em: a) Potencia e Funcao dos ACS; b) Insercao dos ACS na equipe; c) HIV e Territorio. O trabalho dos ACS mostra-se uma potente via de promocao e prevencao relacionada a politica de HIV/Aids nos cotidianos de pratica, tendo em vista que trazem a cultura e demandas locais a equipe, funcionando como um elo entre o territorio e a unidade. No entanto, nem sempre esses sao reconhecidos enquanto parte das equipes. Tratando-se do estigma relacionado ao HIV/Aids, percebeu-se que os ACS ocupam uma posicao paradoxal, ja que, por vezes, residem na mesma comunidade dos usuarios, o que pode complexizar as relacoes de trabalho e sigilo. Assim, ha lacunas na consolidacao do oficio dos ACS como a falta de investimentos na formacao especifica e no desenvolvimento de seu fazer, que se desdobram no relacionamento com a equipe e os usuarios do servico, podendo obstaculizar os processos de trabalho previstos.