{"title":"A escrita perplexa: sobre Irrupciones, de Mario Levrero","authors":"Ana Cecilia Olmos","doi":"10.11606/issn.2237-1184.v0i35p55-65","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esse artigo propõe uma reflexão sobre escritas contemporâneas que, na tentativa de captar a textura da vida e a verdade da experiência, tendem a apagar as distinções entre invenção imaginária e registro do real. Trata-se de práticas de escritas que se deslocam com peculiar versatilidade entre a ficção e a autobiografia, a crônica, o ensaio, o diário, a anotação, etc., expandindo os limites do que institucionalmente se entende por literatura. Uma aproximação ao livro Irrupciones, do escritor uruguaio Mario Levrero (1940-2004), permite colocar a pergunta sobre a potência crítica dessas escritas que, na sua condição liminar, problematizam a especificidade da literatura e a sua autonomia enquanto prática artística.","PeriodicalId":42354,"journal":{"name":"Literatura e Sociedade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Literatura e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i35p55-65","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERATURE","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Esse artigo propõe uma reflexão sobre escritas contemporâneas que, na tentativa de captar a textura da vida e a verdade da experiência, tendem a apagar as distinções entre invenção imaginária e registro do real. Trata-se de práticas de escritas que se deslocam com peculiar versatilidade entre a ficção e a autobiografia, a crônica, o ensaio, o diário, a anotação, etc., expandindo os limites do que institucionalmente se entende por literatura. Uma aproximação ao livro Irrupciones, do escritor uruguaio Mario Levrero (1940-2004), permite colocar a pergunta sobre a potência crítica dessas escritas que, na sua condição liminar, problematizam a especificidade da literatura e a sua autonomia enquanto prática artística.