{"title":"Um desenvolvimento adicional do método dos fragmentos. Aplicação à desagregação de escoamentos anuais em escoamento diários","authors":"Maria Manuela Portela, A. T. Silva","doi":"10.1080/23863781.2017.1332822","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo As séries sintéticas são de longa data utilizadas no âmbito da hidrologia, designadamente na análise de problemas ditos de natureza estocástica cujas soluções dependem dos valores do escoamento, mas também dos seus padrões temporais de ocorrência. A geração de séries sintéticas utiliza normalmente um de dois procedimentos: geração directa de escoamentos a esse nível temporal, baseada num modelo estocástico; e geração de escoamentos anuais (por um modelo estatístico ou estocástico) seguida da desagregação destes escoamentos para escoamentos ao nível temporal pretendido. O primeiro procedimento adequa-se à obtenção de séries sintéticas de escoamentos em estações do ano ou, quanto muito, mensais, enquanto o segundo procedimento pode ser aplicado àqueles níveis temporais, mas também ao nível diário. A desagregação tem ainda a vantagem de permitir a preservação das características estatísticas das séries históricas aos níveis superior a partir do qual se processa (ano) mas também inferiores (estação do ano, meses ou dias). De entre os modelos de desagregação, o método dos fragmentos é, porventura, o mais simples e com menos requisitos teóricos. Não obstante estas características, o método não tem sido tão extensivamente aplicado quanto a sua aparente simplicidade deixaria antever, em consequência de requerer a arrumação prévia dos padrões intra-anuais adimensionais do escoamento (os designados fragmentos) em classes cuja identificação sempre se revestiu de ambiguidade. Após uma extensa pesquisa antecedente, desenvolveu-se um critério objectivo de definição das classes de fragmentos que permitiu a generalização do método dos fragmentos e provou a sua grande robustez. O artigo contém a apresentação desse desenvolvimento do método dos fragmentos, bem como dos resultados da sua aplicação à desagregação directa de escoamentos anuais em escoamentos diários em casos de estudo localizados em Portugal Continental.","PeriodicalId":42124,"journal":{"name":"RIBAGUA-Revista Iberoamericana del Agua","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2017-01-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://sci-hub-pdf.com/10.1080/23863781.2017.1332822","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"RIBAGUA-Revista Iberoamericana del Agua","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1080/23863781.2017.1332822","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"WATER RESOURCES","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo As séries sintéticas são de longa data utilizadas no âmbito da hidrologia, designadamente na análise de problemas ditos de natureza estocástica cujas soluções dependem dos valores do escoamento, mas também dos seus padrões temporais de ocorrência. A geração de séries sintéticas utiliza normalmente um de dois procedimentos: geração directa de escoamentos a esse nível temporal, baseada num modelo estocástico; e geração de escoamentos anuais (por um modelo estatístico ou estocástico) seguida da desagregação destes escoamentos para escoamentos ao nível temporal pretendido. O primeiro procedimento adequa-se à obtenção de séries sintéticas de escoamentos em estações do ano ou, quanto muito, mensais, enquanto o segundo procedimento pode ser aplicado àqueles níveis temporais, mas também ao nível diário. A desagregação tem ainda a vantagem de permitir a preservação das características estatísticas das séries históricas aos níveis superior a partir do qual se processa (ano) mas também inferiores (estação do ano, meses ou dias). De entre os modelos de desagregação, o método dos fragmentos é, porventura, o mais simples e com menos requisitos teóricos. Não obstante estas características, o método não tem sido tão extensivamente aplicado quanto a sua aparente simplicidade deixaria antever, em consequência de requerer a arrumação prévia dos padrões intra-anuais adimensionais do escoamento (os designados fragmentos) em classes cuja identificação sempre se revestiu de ambiguidade. Após uma extensa pesquisa antecedente, desenvolveu-se um critério objectivo de definição das classes de fragmentos que permitiu a generalização do método dos fragmentos e provou a sua grande robustez. O artigo contém a apresentação desse desenvolvimento do método dos fragmentos, bem como dos resultados da sua aplicação à desagregação directa de escoamentos anuais em escoamentos diários em casos de estudo localizados em Portugal Continental.