{"title":"Os Kaiowá e Guarani e a colonização de seus territórios nas páginas do jornal O Progresso de Ponta Porã e Dourados","authors":"Rafael Rondis Nunes de Abreu, Victor Ferri Mauro","doi":"10.55028/pdres.v9i21.15910","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisa as publicações relacionadas à colonização do sul de Mato Grosso do Sul e referentes aos Kaiowá e Guarani nos jornais O Progresso de Ponta Porã e O Progresso de Dourados. Embora sejam periódicos distintos, que circularam em épocas e cidades diferentes, pertenceram a uma mesma família. Serão analisadas as posições tomadas pelos jornais no decorrer das trajetórias de veiculação em distintos períodos e como estes discursos historicamente ajudaram a formar e consolidar a opinião pública acerca da temática da colonização e da questão indígena. Os arquivos de ambos os periódicos estão digitalizados e disponíveis no Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados. O Progresso de Ponta Porã circulou de 1920 a 1927. Inicialmente pertencia a Militão Viriato Baptista, mas alguns meses depois de sua fundação foi comprado pelo advogado Rangel Torres. Em 1951, o filho de Rangel, Weimar Torres, recriou o jornal em Dourados. As publicações relacionadas aos Kaiowá e Guarani oscilaram muito ao longo das diversas décadas, porém, a partir dos anos 2000, devido a vários fatores, O Progresso assumiu uma posição francamente contrária à demarcação dos territórios Kaiowá e Guarani e passou a refutar incansavelmente a tese do genocídio Guarani e Kaiowá.","PeriodicalId":40592,"journal":{"name":"Perspectivas em Dialogo-Revista de Educacao e Sociedade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Perspectivas em Dialogo-Revista de Educacao e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55028/pdres.v9i21.15910","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo analisa as publicações relacionadas à colonização do sul de Mato Grosso do Sul e referentes aos Kaiowá e Guarani nos jornais O Progresso de Ponta Porã e O Progresso de Dourados. Embora sejam periódicos distintos, que circularam em épocas e cidades diferentes, pertenceram a uma mesma família. Serão analisadas as posições tomadas pelos jornais no decorrer das trajetórias de veiculação em distintos períodos e como estes discursos historicamente ajudaram a formar e consolidar a opinião pública acerca da temática da colonização e da questão indígena. Os arquivos de ambos os periódicos estão digitalizados e disponíveis no Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados. O Progresso de Ponta Porã circulou de 1920 a 1927. Inicialmente pertencia a Militão Viriato Baptista, mas alguns meses depois de sua fundação foi comprado pelo advogado Rangel Torres. Em 1951, o filho de Rangel, Weimar Torres, recriou o jornal em Dourados. As publicações relacionadas aos Kaiowá e Guarani oscilaram muito ao longo das diversas décadas, porém, a partir dos anos 2000, devido a vários fatores, O Progresso assumiu uma posição francamente contrária à demarcação dos territórios Kaiowá e Guarani e passou a refutar incansavelmente a tese do genocídio Guarani e Kaiowá.