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Abstract
Inspirado nas ideias de Gregory Bateson, o musicólogo Christopher Small propôs a noção de musicking para expressar uma abordagem comunicacional e performativa da música como um fazer que vincula sons, signos, ações e ideias. Aplicando essa noção (aqui traduzida por musicar), propomos considerar a gravação e reprodução/escuta de discos (registros de sons socialmente produzidos) como gestos produtores e ritualizadores de vínculos, potencializados por um formato específico de circulação de fonogramas – o álbum. Considerando-o como gesto coletivo, que ressoa musicalmente relações sociais e significados culturais de sua produção, sugerimos um paralelo entre a performance fonográfica com aquela da fotografia como procedimento de miniaturização, tal como elaborado por Walter Benjamin. Para observar os efeitos de memória dessa forma de musicar, acompanhamos alguns aspectos dos relatos e atividades de um agente cuja formação e musicalidade se deu a partir do álbum – o músico, produtor, colecionador de discos e pesquisador Charles Gavin.