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Abstract
O artigo é a narrativa dos protagonismos das mulheres militantes na oposição ao golpe e à ditadura militar implantada, desde 1964, no Brasil, a partir de diversas iniciativas políticas, inclusive em contraposição às ações das militantes golpistas, fundamentada na abordagem de gênero de linha marxista e no feminismo decolonial. A partir das articulações entre as suas vidas íntimas e públicas, excertos de suas biografias e inserções nos partidos e movimentos sociais de esquerda, procura-se evidenciar as relações históricas, dialéticas e materiais da interseccionalidade do sexo-social no processo da luta de classes, entendendo a história dessas mulheres atuantes no Recife como um micro-universo interferindo e desvendando a macroestrutura nacional e latino-americana, no bojo do movimento mais amplo de oposição às políticas de neocolonização orientadas pelo capitalismo internacional e organizadas pelos países imperialistas. Esta narrativa se faz na percepção da construção sociocultural da sujeita reveladora da estrutura político-econômica da resistência ao estado de exceção, ao mesmo tempo em que ressalta que a busca pelas origens psicológicas de ações nos eventos históricos narrados não é o princípio norteador da análise, concordando que a complexidade humana, dialeticamente observada, resulta objetivamente na história, sendo contestável qualquer alusão subjetiva sem fundamento na práxis.