Daysi Lange, Mariana Emanuelle Barreto de Gois, Renata Mascarenhas Freitas de Aragão
{"title":"luz lombrosiana dos pareceres de biotipologia do estado de Sergipe","authors":"Daysi Lange, Mariana Emanuelle Barreto de Gois, Renata Mascarenhas Freitas de Aragão","doi":"10.26512/emtempos.v1i39.39618","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo analisar os formulários produzidos pelo Gabinete de Biologia Criminal do Estado de Sergipe, especificamente os dados morfológicos e o psicodiagnóstico de Rorschach que reuniram informações sobre os detentos e/ou da população carcerária, entre as décadas de 20 e 60, do séc. XX. Seguindo a abordagem de Foucault (1977), sobre o “homem infame” procurou-se identificar o “que deles foi dito”. Verificou-se que as práticas médico-legais estavam pautadas nas teorias eugenistas e criminológicas tão em voga no interstício temporal estudado uma vez que, após a criação do Manicômio Judiciário e, principalmente, do Gabinete de Biologia Criminal, foram disseminadas práticas que investigavam a sua constituição físico-biológica e análise dos antepassados, justificando na hereditariedade a predisposição a condutas anormais e ameaçadoras.\n ","PeriodicalId":30228,"journal":{"name":"Em Tempo de Historias","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Em Tempo de Historias","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i39.39618","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente artigo tem como objetivo analisar os formulários produzidos pelo Gabinete de Biologia Criminal do Estado de Sergipe, especificamente os dados morfológicos e o psicodiagnóstico de Rorschach que reuniram informações sobre os detentos e/ou da população carcerária, entre as décadas de 20 e 60, do séc. XX. Seguindo a abordagem de Foucault (1977), sobre o “homem infame” procurou-se identificar o “que deles foi dito”. Verificou-se que as práticas médico-legais estavam pautadas nas teorias eugenistas e criminológicas tão em voga no interstício temporal estudado uma vez que, após a criação do Manicômio Judiciário e, principalmente, do Gabinete de Biologia Criminal, foram disseminadas práticas que investigavam a sua constituição físico-biológica e análise dos antepassados, justificando na hereditariedade a predisposição a condutas anormais e ameaçadoras.