Natiele Camponogara Righi, Letícia Hermes, Júlia Danezi Piccini, J. Branco, J. Skupien, Angela Regina Maciel Weinmann, Maria Clara da Silva Valadão, N. J. Schuch
{"title":"Perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional e congênita decorrentes do surto populacional","authors":"Natiele Camponogara Righi, Letícia Hermes, Júlia Danezi Piccini, J. Branco, J. Skupien, Angela Regina Maciel Weinmann, Maria Clara da Silva Valadão, N. J. Schuch","doi":"10.15448/1980-6108.2021.1.40108","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: traçar o perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional e congênita notificados na cidade de Santa Maria – RS, decorrentes do surto ocorrido no ano de 2018 e investigar a associação entre as variáveis maternas e o diagnóstico do bebê.Método: foram avaliados retrospectivamente os casos notificados entre o período de março de 2018 a março de 2019. O diagnóstico do bebê e variáveis maternas foram analisados através de estatística descritiva e teste qui-quadrado.Resultados: Durante o período do estudo, foram notificados 206 casos de toxoplasmose gestacional, dos quais 74 foram confirmados como infecção recente. A transmissão vertical foi confirmada em 27% dos casos. Houve maior freqüência de transmissão em gestantes que tiveram o diagnóstico no terceiro trimestre de gestação (p=0,001) e que não realizaram tratamento durante a gestação (p<0,001).Conclusão: A ocorrência da toxoplasmose congênita está associada ao diagnóstico tardio, no último trimestre da gestação, e consequente falta do tratamento adequado. Ainda, houve uma alta prevalência de crianças infectadas por transmissão vertical decorrentes do surto, o que reforça a importância de um acompanhamento pré-natal e a atenção à necessidade da realização do tratamento e cuidado adequados no decorrer do desenvolvimento das crianças infectadas.","PeriodicalId":44024,"journal":{"name":"Scientia Medica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.3000,"publicationDate":"2021-09-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Scientia Medica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.40108","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"MEDICINE, GENERAL & INTERNAL","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Objetivo: traçar o perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional e congênita notificados na cidade de Santa Maria – RS, decorrentes do surto ocorrido no ano de 2018 e investigar a associação entre as variáveis maternas e o diagnóstico do bebê.Método: foram avaliados retrospectivamente os casos notificados entre o período de março de 2018 a março de 2019. O diagnóstico do bebê e variáveis maternas foram analisados através de estatística descritiva e teste qui-quadrado.Resultados: Durante o período do estudo, foram notificados 206 casos de toxoplasmose gestacional, dos quais 74 foram confirmados como infecção recente. A transmissão vertical foi confirmada em 27% dos casos. Houve maior freqüência de transmissão em gestantes que tiveram o diagnóstico no terceiro trimestre de gestação (p=0,001) e que não realizaram tratamento durante a gestação (p<0,001).Conclusão: A ocorrência da toxoplasmose congênita está associada ao diagnóstico tardio, no último trimestre da gestação, e consequente falta do tratamento adequado. Ainda, houve uma alta prevalência de crianças infectadas por transmissão vertical decorrentes do surto, o que reforça a importância de um acompanhamento pré-natal e a atenção à necessidade da realização do tratamento e cuidado adequados no decorrer do desenvolvimento das crianças infectadas.