Signos televisivos informativos de un prolongado estado de alarma. El caso uruguayo en los primeros ocho meses de la declaración de emergencia sanitaria
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Abstract
No artigo analisamos os signos informativos da televisão aberta uruguaia durante o período que vai da declaração da “emergência sanitária” do 13 de março de 2020 a novembro desse mesmo ano. Consideram-se os frequentes signos dedicados ao anúncio do desastre iminente no discurso midiático dos telejornais, alternados esporadicamente com acontecimentos cobertos sob a modalidade narrativa épica - com foco em aspectos subjetivos e individuais -, bem como a convergência permanente da voz governamental com a voz da mídia. A partir desse copioso discurso, analisam-se as conferências do Poder Executivo em redes de televisão de fato (ou seja, não oficialmente apresentadas como tal, mas análogas em seu funcionamento e convergência midiática), muito frequentes no período, com a teoria dos “acontecimentos midiáticos ” (Dayan e Katz, 1995), embora as conferências não se encaixem bem com esse conceito. Assim, constatou-se que, consideradas como uma variante das “cerimônias midiáticas transformadoras” (Dayan e Katz, 1995), essas conferências de imprensa invocaram mitos centrais do Uruguai moderno a fim de reforçar os valores estabelecidos, contribuir para a integração social e legitimar as autoridades atuais. Foi também a forma de assimilar os eventos novos e incertos relacionados à declarada pandemia SARS-CoV-2 e seus possíveis efeitos locais dentro dos limites do “imaginário social” uruguaio (Castoriadis, 2013).