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Abstract
Em 7 de setembro de 1922, o Brasil comemorou o centenário de sua Independência. Em vários recantos do país foram tocados hinos, proferidos discursos e organizadas efemérides com o intuito de rememorar o passado nacional. Alguns estudos se dedicaram a problematizar as comemorações em torno do centenário da Independência do Brasil, especialmente no eixo Rio-São Paulo. A fim de contribuir para o debate, o presente artigo tem como objetivo analisar como se deu a trama da comemoração do centenário da Independência do Brasil no estado do Rio Grande do Norte, mais especificamente em sua capital, Natal, identificando os agenciamentos políticos e as construções das narrativas acerca do passado da nação e do estado. Para a consecução deste trabalho, examinaram-se diversas fontes históricas de natureza variada, tais como documentos oficiais, revistas de Institutos Históricos, discursos oficiais, dentre outras. Submeteram-se esses documentos históricos à análise historiográfica, identificando as condições de possibilidade das mencionadas fontes, bem como problematizando os discursos e os sentidos produzidos pelos seus interlocutores. Ao final do trabalho, constatou-se que a comemoração da Independência do Brasil no Rio Grande do Norte foi uma agência do governo do estado e dos sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, interessados em construir um lugar para o estado na memória nacional.