Mário Círio Nogueira, Henrique Lage de Paula, Isabel Cristina Gonçalves Leite, Maria Teresa Bustamante-Teixeira
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Abstract
Introdução: No Brasil, a epidemia de COVID-19 teve início nos grandes centros urbanos e se disseminou para os demais municípios ao longo dos meses seguintes. Objetivo: Descrever a distribuição espacial da incidência de casos notificados e da mortalidade por COVID-19 nos municípios da macrorregião de saúde Sudeste de Minas Gerais segundo a tipologia de municípios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Material e Métodos: Estudo ecológico que teve os municípios da macrorregião de saúde Sudeste de Minas Gerais como unidades de análise. Foram obtidos os dados de COVID-19 de plataforma virtual da Universidade Federal de Viçosa e calculadas as taxas de incidência e de mortalidade para cada um dos municípios da macrorregião entre março de 2020 e fevereiro de 2021. Também foram obtidas variáveis socioeconômicas (provenientes do Censo 2010) e assistenciais (provenientes do site do DATASUS) referentes a esses municípios. Foram feitas comparações entre as variáveis epidemiológicas, socioeconômicas e assistenciais, por tipos de município, por meio do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Resultados: A distribuição dos indicadores socioeconômicos e epidemiológicos entre os municípios que compõem a macrorregião mostrou-se heterogênea. Os municípios predominantemente urbanos apresentaram maior incidência e mortalidade por COVID-19 do que os rurais adjacentes. Contudo, os municípios rurais adjacentes apresentaram, em geral, piores indicadores socioeconômicos quando comparados aos predominantemente urbanos. Não houve diferença significativa entre os intermediários adjacentes e os demais tipos no que tange aos indicadores avaliados. Conclusão: Embora a epidemia de COVID-19 tenha atingido primeiro os municípios maiores, mais urbanizados e com maior comunicação com grandes centros urbanos, ao longo do tempo foi se interiorizando e acabou por atingir todos os municípios da região.