Colonização de folhas por invertebrados aquáticos em um riacho tropical: há diferenças entre espécies nativas e Eucalyptus grandis (Hill ex Maiden) nas épocas chuvosa e seca?
Adriane Almeida Vaz, Ariane Almeida Vaz, Gisele Pires Pelizari, Davi B. Gomes, W. S. Smith
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Abstract
O presente estudo objetivou verificar se há diferença na colonização de invertebrados aquáticos entre folhas de duas espécies nativas e uma não nativa considerando os períodos chuvoso e seco. Folhas senescentes foram coletadas da mata ripária do córrego e secas em uma estufa à temperatura de 60±5ºC por 48 h. Depois de seco, o material vegetal foi adicionado em “litter bags” disposto no riacho de maneira aleatória. Foram utilizados dois tratamentos experimentais: 1. Eucalyptus grandis (não nativa) e Lithraea molleoides (espécie nativa). 2. Eucalyptus grandis (não nativa) e Maytenus aquifolium (espécie nativa). Os resultados mostraram que o início da colonização foi principalmente no 14º dia, permanecendo até o 28º dia. As folhas nativas apresentaram maiores abundâncias de invertebrados na época seca, enquanto a não nativa na época chuvosa. Com relação à riqueza taxonômica, os maiores valores foram encontrados a partir do 21º dia, ocorrendo diferença no período chuvoso entre as espécies nativas e a não nativa, o que não ocorreu na época seca. De acordo com a Anova, foi observado que, na época chuvosa, a abundância de invertebrados foi maior na espécie não nativa em comparação com a nativa. Por outro lado, houve efeito negativo da época chuvosa sobre a riqueza. Para ambos os experimentos, o efeito principal dos dias não influenciou a riqueza. Ocorreu, contudo, um efeito de interação entre época do ano e dias de observação: na época chuvosa, espera-se que haja aumento linear significativo na abundância ao longo dos dias.