Julia de Souza Corne, José Fernando Siqueira Da Silva
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Abstract
A ditadura cívico-militar brasileira (1964-1985), sob a prerrogativa de avanço econômico e contenção das tendencias socialistas, desempenhou ações de despolitização, medo, tortura e repressão contra diversas categorias da população nacional, incluindo os povos indígenas. Expurgados de suas terras, mortos, torturados ou até mesmo incorporados forçadamente a guarda nacional, os indígenas foram vitimas das atrocidades causadas pelo governo militar. Porém, assim como em toda a sua história, os povos indígenas não são agentes passivos nesse processo, mas sim protagonistas e é durante o período ditatorial que o movimento indígena cresce e se desenvolve como força política, dispensando a tutela até então submetida a eles. O Serviço Social, como profissão, considerando sua versão mais progressista orientada pela direção social estratégia dos anos 1990 (conhecida como Projeto ético-Político Profissional), alinha-se com a defesa dos direitos humanos e as demandas da ampla e diversa classe trabalhadora. Deve, por isso, incluir em seus debates a discussão sobre a questão indígena, ainda pouco abordada pela área.