{"title":"Derrida à la lettre: éthique et politique du «perverformatif» dans La Carte postale et au‑delà","authors":"N. Cotton","doi":"10.14195/0872-0851_56_6","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, interessamo-‑nos pelo neologismo «perverformatif» [«per(verso)formativo»] usado por Jacques Derrida em La Carte postale e em Marx & Sons. Se Derrida é um outro «mestre do per(verso)formativo», título que ele reservava ao «Plato» de La Carte Postale não é por negar a Lei ou a sua «verdade», mas porque tem necessidade delas para assegurar a incidência de um desafio. O que performativamente se põe em obra e em abismo nos «Envios» passa assim por um desejo «perverso» de fazer advir esta lei e de a desviar. A nossa hipótese é a de que é precisamente o que se performa no idioma daquele que não tem senão uma língua que não é a sua (O monolinguismo do outro) e para quem as palavras «contêm a sua própria perversidade» (Les arts de l’espace). Interrogaremos, pois, os rastros deste vocábulo, a sua virtualidade a operar e o seu alcance – linguístico, mas também ético e político – no pensamento de Jacques Derrida.","PeriodicalId":52758,"journal":{"name":"Revista Filosofica de Coimbra","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-10-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Filosofica de Coimbra","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14195/0872-0851_56_6","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo, interessamo-‑nos pelo neologismo «perverformatif» [«per(verso)formativo»] usado por Jacques Derrida em La Carte postale e em Marx & Sons. Se Derrida é um outro «mestre do per(verso)formativo», título que ele reservava ao «Plato» de La Carte Postale não é por negar a Lei ou a sua «verdade», mas porque tem necessidade delas para assegurar a incidência de um desafio. O que performativamente se põe em obra e em abismo nos «Envios» passa assim por um desejo «perverso» de fazer advir esta lei e de a desviar. A nossa hipótese é a de que é precisamente o que se performa no idioma daquele que não tem senão uma língua que não é a sua (O monolinguismo do outro) e para quem as palavras «contêm a sua própria perversidade» (Les arts de l’espace). Interrogaremos, pois, os rastros deste vocábulo, a sua virtualidade a operar e o seu alcance – linguístico, mas também ético e político – no pensamento de Jacques Derrida.