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Abstract
As migrações internacionais e as várias abordagens constituem o contexto da nossa pesquisa. Interessa-nos entender com qual pensamento e com qual prática a Igreja se aproxima das migrações. Trata-se, na verdade, de se perguntar: qual teologia, qual missão e qual pastoral a Igreja propõe e promove no campo da mobilidade humana? A missão e a pastoral são obviamente uma direta consequência do pensamento, da teologia que inspira toda intervenção pastoral. Por isso, o nosso objetivo principal é o de encontrar a definição de uma teologia que seja mais adequada para nutrir e inspirar a missão e a pastoral da Igreja entre os migrantes. Acreditamos, mas obviamente devemos encontrar fundamentação, que a pergunta por qual teologia?, encontre a sua resposta exatamente na “estranheza” do migrante, hoje um emblema paradigmático do outro como outro. Disso vem a necessidade de demonstrar que o reconhecimento do migrante como outro, como estrangeiro, está na base de todo discurso sobre migrações e é contribuição importante para a sua gestão. Mas não só. O reconhecimento do migrante enquanto migrante é a revelação da nossa verdade antropológica e, ao mesmo tempo, da nossa verdade teológica. Diríamos que a pretensão do estudo é abrir a janela “migrações” como um “espaço” que nos permite falar de Deus e do homem, da Igreja e do mundo. Não apenas nos permite falar de Deus, mas de falar com Deus e de encontrá-lo no rosto do irmão migrante, com o qual o próprio Cristo se identifica: “Eu era estrangeiro e me acolhestes” (Mt 25,35). Num segundo momento, faremos uma reflexão sobre o dado litúrgico-celebrativo e a questão das migrações. A ideia é pensar uma liturgia mais humana e hospitaleira.