{"title":"Representações da Palestina por Joe Sacco em seu livro reportagem “Notas sobre Gaza” (2002-2010)","authors":"José Rodolfo Vieira","doi":"10.5433/1984-3356.2020v13n25p833","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo desse trabalho consiste em compreender a visão de mundo do jornalista estadunidense Joe Sacco em seu trabalho “Notas sobre Gaza” após o 11 de setembro nos Estados Unidos. Em 2002, depois de trabalhar em conjunto com Chris Hedge para a revista Harpers, Sacco retorna para a Palestina e produz “Notas sobre Gaza”. Em suas páginas, o jornalista representou os ataques aos vilarejos de Khen Younis e Rafah em 1956 que deixou mais de 270 mortos do lado palestino. A hipótese norteadora dessa pesquisa leva em consideração a possibilidade da existência de diversos discursos além da posição midiática dos grandes meios de comunicação acerca à “Guerra ao Terror” e a necessidade de retomar os eventos de 1956 na Palestina como maneira de repensar as consequências da guerra contra o terrorismo iniciada pelos Estados Unidos e Israel no Oriente Médio. Para isso, o conceito de representações do historiador francês, Roger Chartier, colabora para a compreensão de sistemas de representações produzidos por grupos distintos que visam em suas estratégias comunicarem de maneira eficaz, ou seja, que seja favorável as suas ideologias e a legitimação de suas ações. Sendo “Notas sobre Gaza” fonte e objeto de nossa pesquisa, compreendemos também que o trabalho de Sacco não é único e muito menos um grande trabalho inovador, mas que a sua produção só foi possível mediante as várias camadas de outros trabalhos acadêmicos e jornalísticos que exprimiam as mais variadas representações acerca dos atentados e dos desdobramentos que as ações estadunidenses de “Guerra ao Terror” desencadearam na Palestina.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2020-08-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Antiteses","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2020v13n25p833","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo desse trabalho consiste em compreender a visão de mundo do jornalista estadunidense Joe Sacco em seu trabalho “Notas sobre Gaza” após o 11 de setembro nos Estados Unidos. Em 2002, depois de trabalhar em conjunto com Chris Hedge para a revista Harpers, Sacco retorna para a Palestina e produz “Notas sobre Gaza”. Em suas páginas, o jornalista representou os ataques aos vilarejos de Khen Younis e Rafah em 1956 que deixou mais de 270 mortos do lado palestino. A hipótese norteadora dessa pesquisa leva em consideração a possibilidade da existência de diversos discursos além da posição midiática dos grandes meios de comunicação acerca à “Guerra ao Terror” e a necessidade de retomar os eventos de 1956 na Palestina como maneira de repensar as consequências da guerra contra o terrorismo iniciada pelos Estados Unidos e Israel no Oriente Médio. Para isso, o conceito de representações do historiador francês, Roger Chartier, colabora para a compreensão de sistemas de representações produzidos por grupos distintos que visam em suas estratégias comunicarem de maneira eficaz, ou seja, que seja favorável as suas ideologias e a legitimação de suas ações. Sendo “Notas sobre Gaza” fonte e objeto de nossa pesquisa, compreendemos também que o trabalho de Sacco não é único e muito menos um grande trabalho inovador, mas que a sua produção só foi possível mediante as várias camadas de outros trabalhos acadêmicos e jornalísticos que exprimiam as mais variadas representações acerca dos atentados e dos desdobramentos que as ações estadunidenses de “Guerra ao Terror” desencadearam na Palestina.