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Abstract
O objetivo deste artigo é analisar alguns dos dispositivos de nomeação das personagens, presentes nos primeiros romances de Machado de Assis. As práticas machadianas de nomeação são discutidas aqui à luz de uma história da onomástica literária, considerando-se em particular seu momento romântico. Pretende-se, assim, demonstrar que Machado de Assis recusou os termos correntes do tratamento da questão do nome próprio entre os romancistas românticos. Ao contrário deles, criou narradores que não falam sobre os nomes das personagens e praticou a homonímia e a nomeação irônica. Mas nem por isso se deve concluir que o autor de Helena era um escritor antirromântico. Uma outra faceta de seu uso do nome próprio permite compreender os verdadeiros termos do projeto literário de Machado de Assis: não a crítica, mas o aperfeiçoamento do Romantismo.